Nós & Vós e Kristoff Silva fazem shows hoje no Festival

A programação de eventos culturais do 38º Fesstival de Inverno da UFMG prossegue neste domingo com o grupo vocal Nós & Voz, que se apresenta às 21h na Praça do Mercado Velho apresentando o show Chá de panela.

O espetáculo é inspirado em música homônima, composta por Guinga e Aldir Blanc, em homenagem a Hermeto Pascoal que, em resumo simplificado, tira música de qualquer coisa e busca seus instrumentos na cozinha, como sugere a música.

Entre as releituras que o Nós & Voz apresenta estão canções de outros grandes nomes da música brasileira como Dori Caymi, Egberto Gismonti e Chico Buarque nas vozes de Ernani Maletta, Márcio Sant'Ana, Gláucia Quites, Valéria Braga, Maurílio Rocha e Matheus Braga.

Músicas de vários ritmos, vozes diferentes casadas pelo interesse em "buscar a recriação da música através da composição vocal". Esse é o grupo vocal Nós & Voz, nas palavras de Ernani Maletta, integrante do grupo há mais de 15 anos, atualmente, professor de expressão vocal e musicalização no curso de teatro da EBA-UFMG.

Em pé no porto
Violonista, cantor e compositor, Kristoff Silva é a primeira atração da noite deste domingo no 38º Festival de Inverno da UFMG com o show Em pé no porto. O teatro do Instituto Casa da Glória recebe o artista às 20h. No repertório, "canções que procuram unir um pouco da larga tradição cancioneira com alguns elementos da linguagem contemporânea. Tanto na forma, quanto nas letras das músicas", Kristoff tenta definir.

Após 14 anos de profissão, tocando com grandes nomes da música nacional como Caetano Veloso, Zé Miguel Wisnik, Ná Ozzetti e o grupo Uakti, o músico optou pela carreira solo. Em Diamantina, Kristoff canta algumas canções do seu CD mais recente, A Outra cidade, construído ao lado dos compositores Makely Ka e Pablo Castro. Mas o que dá nome ao show, é seu próximo disco, Em pé no porto. "É o nome de uma música e tem a ver com o momento da minha carreira, explica.

Depois de A Outra Cidade, Kristoff considera que esse novo disco "é o zarpar", onde estréia em carreira solo e revela seu gosto pelas misturas, pelo diálogo entre gêneros. "Eu sou fã daquele que procura o que há disponível", conta o artista. "É como um compositor erudito de vanguarda que dialogo com a música de Cartola: de compositor a gente passa a ser um laboratório de fusões estéticas".