Documentos, fotos, telas, mapas, objetos, livros e materiais didáticos utilizados no passado compõem o acervo do Centro de Memória da Veterinária, espaço recém-inaugurado na UFMG, que busca interpretar a história, reconhecer e construir a identidade social da profissão em Minas Gerais e no Brasil. “O conhecimento identitário, que delimita nosso lugar, é essencial para o exercício profissional de qualquer indivíduo”, observa o professor e coordenador do Centro, José Newton Coelho de Menezes. Criado com o objetivo de guardar a memória da Escola, o espaço abriga arquivo histórico, laboratório de pesquisa e um museu para acervo permanente e exposições temáticas temporárias. “O Centro busca inventariar documentos e dar à memória da Veterinária uma interpretação útil para a sociedade”, afirma Menezes. O professor ressalta também que, por meio de projetos financiados por agências de fomento, será possível ampliar os arquivos do Centro. O espaço é fruto de projeto do ex-diretor José Ailton da Silva, e a idéia de construi-lo, na Escola de Veterinária, surgiu há 14 anos, quando a Unidade comemorava seus 60 anos. Com acervo composto por 120 objetos – dos quais 70 já foram inventariados –, o Centro de Memória está funcionando em pequena sala da biblioteca da Escola. “O espaço é provisório e sua função é, sobretudo, a de receber doações”, explica o professor. Entre os antigos objetos utilizados nas atividades acadêmicas, José Newton destaca a calculadora elétrica, para análises estatísticas no departamento de Zootecnia. “Antes do desenvolvimento de softwares específicos, era impossível fazer análises quantitativas sem a calculadora, na área de melhoramento animal”, comenta. Outro instrumento de destaque no Centro é a placa metálica de climatização, utilizada para convergir a luz solar, nos laboratórios, em direção aos animais pesquisados. O equipamento permite analisar os efeitos do calor na temperatura corporal e medir as freqüências respiratórias e cardíacas de bovinos. No novo laboratório de Metabolismo Animal, ligado ao departamento de Zootecnia, as placas foram substituídas por câmeras de climatização. Enquanto aguarda as condições para a criação de espaço arquivístico e museológico, o Centro de Memória continuará a funcionar em sala da Biblioteca, de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h e de 14h às 18h, apenas com o propósito de receber doações. Até o final de 2006, internautas poderão fazer consultas aos acervos documentais. As doações de objetos e documentos ao Centro de Memória da Escola de Veterinária da UFMG devem ser agendadas com o monitor Sávio. O telefone de contato é (31) 3409-2058. (Boletim UFMG n. 1541)