Ciência para todos: circulação e edição de coleções de divulgação científica no Brasil (1881-1946) é o tema da palestra que a historiadora Giselle Venâncio realiza nesta segunda-feira, dia 21, no auditório Professor Baesse, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), campus Pampulha da UFMG. O evento, aberto ao público, integra série de debates promovida pelo grupo Scientia e o programa de pós-graduação de História em Ciência e Cultura, ambos do departamento de História da Universidade. Graduada pela PUC-RJ, a historiadora Giselle Venâncio possui mestrado, na mesma área, pela UFF. Em 2003, obteve o grau de doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com bolsa sanduíche na École des Hautes Etudes en Sciences Sociales. Atualmente, é bolsista de pós doutorado da UFMG e realiza a pesquisa Ciência para todos: circulação e edição de coleções de divulgação científica no Brasil (1881-1946) – que irá abordar em sua palestra nesta segunda-feira. A pós-doutoranda é especialista em História do Brasil Império e República, atuando sobretudo, nos temas: história cultural, história do livro, da edição e da leitura, pensamento social no Brasil - particularmente o que se refere a Oliveira Vianna -, arquivo pessoal e bibliotecas. Sua pesquisa Ciência para todos integra o projeto "Coleção Brasiliana: escritos e leitura da Nação", do departamento de História da UFMG, sob a coordenação da professora Eliana de Freitas Dutra. Conforme explica Giselle, em seu currículo Lattes, disponível na Internet, o objetivo do trabalho é mapear as “coleções de divulgação científica que circularam e foram editadas no Brasil, no período compreendido entre os anos de 1881 - data da edição do primeiro volume da coleção Biblioteca do Povo e das Escolas e do periódico Sciencia para o Povo - e 1946 - fim da primeira fase da coleção Iniciação Científica (período dirigido por Fernando de Azevedo.” A partir desse mapeamento, acrescenta Giselle, pretende-se “estabelecer uma tipologia das coleções observando as estratégias editoriais, as "operações de classificação" e o público visado.” A pesquisdora prossegue, esclarecendo que o trabalho busca, ainda, “identificar as configurações dos leitores brasileiros no período em tela e a recepção de textos científicos; compreender a relação existente entre as diversas coleções de divulgação científica e o processo de especialização e institucionalização das ciências no Brasil; e, também, identificar o papel das políticas públicas e do Estado tanto na constituição de um campo científico quanto na configuração de uma indústria editorial a ele associado.” Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (31) 3409-6262.