Divulgação/ Equipe Projeto Minhocuçu |
Maria Auxiliadora Drumond, aluna de doutorado em Ecologia, Conservação e Manejo da Vida Silvestre pela UFMG, recebe nesta quarta-feira, 20, o Prêmio Ambiental Ponto Terra conquistado com o trabalho Conservação e uso sustentado do Rhinodrilus alatus (minhocuçu) em Minas Gerais. A pesquisa da doutoranda é orientada pelo professor Rogério Parentoni Martins. A entrega do prêmio será às 18h30, durante a 6ª Conferência Latino Americana sobre Meio Ambiente e Responsabilidade Social da Ecolatina, no auditório Esmeralda, do Minascentro (avenida Augusto de Lima, 785). Exploração sustentável De acordo com a pesquisadora, há fortes indícios de que a espécie pode ser usada de forma sustentada, garantindo o respeito às leis, à capacidade reprodutiva dos minhocuçus e às necessidades de trabalho e renda das comunidades. Dessa forma, foi feito acordo de co-manejo entre as instituições e comunidades envolvidas, que subsidiará a regulamentação do uso da espécie. No acordo, constam as proibições de coleta de filhotes e em período reprodutivo; do uso do fogo para localizar os animais. Também é proibida a coleta sem autorização. Além disso, faz-se necessária a reposição do solo nos locais de captura, e o comércio será monitorado, a fim de se estabelecer cotas de uso. Trabalho: Conservação e uso sustentado de minhocuçus Rhinodrilus alatus em Minas Gerais
Na ocasião, entre outras homenagens, a Organização Ponto Terra premia as cinco melhores iniciativas ambientais implementadas em Minas Gerais nos anos 2005/2006.
A iniciativa de Maria Auxiliadora Drumond implementa ações para a conservação e uso sustentável do minhocuçu e do cerrado brasileiro, que vem sofrendo degradações por ser fonte de renda para extratores, comerciantes e produtores rurais da espécie. A extração do minhocoçu - usado como isca para peixes - parece afetar a sucessão vegetal deste bioma, devido ao revolvimento do solo, uso do fogo e retirada de plantas durante a coleta.
Parcerias: UFMG, Ministério Público de MG (Caoma e Procuradoria da Comarca de Paraopeba), Ibama, Semad-MG, IEF, Prefeituras Municipais locais, Instituto Sustentar, extratores e comerciantes de minhocuçus, Sindicato Rural de Paraopeba e Caetanópolis, Associação para a Preservação do Minhocuçu e Conselho Comunitário de Pontinha.
Financiamento: Ministério Público de Minas Gerais, Conservação Internacional do Brasil e Fapemig.
Apoio executivo: Vallourec & Mannesman Tubes e Gerdau.