Acontece nesta terça-feira, 24, às 14h, no auditório Professor Bicalho, da Fafich, palestra do historiador português Tiago C. P. dos Reis Miranda, que leva o título O núcleo do Reino do Arquivo Histórico Ultramarino: entre a história administrativa e a história custodial. O conferencista atende a convite do Programa de Pós-graduação em História da Fafich/UFMG, coordenado pela professora Regina Horta. Tiago dos Reis Miranda integra o Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa e é pesquisador visitante na Universidade de Campinas (Unicamp). Em sua palestra desta terça-feira, vai relatar o resultado de trabalhos que desenvolveu naquele arquivo, cujos papéis estão nos depósitos do Palácio da Ega em cerca 500 caixas com documentos avulsos, classificados sob o título Reino. Pesquisas Além de relatar o desenvolvimento de suas pesquisas, a partir de novas hipóteses arquivísticas, o historiador português ressalta a importância documental do Arquivo Histórico Ultramarino e o interesse que vem despertando atualmente. "Bom exemplo nesse sentido é o levantamento atualmente em curso por uma equipa de arquivistas brasileiros liderados pela professora doutora Heloísa Liberalli Bellotto, no âmbito do Projeto Resgate. Prevê também o historiador que desses estudos pode resultar não apenas um melhor conhecimento da estrutura dos processos de tomada de decisão no Antigo Regime relativamente ao Ultramar, ou seja, as colônias de Portugal, incluindo o Brasil, "como também dos próprios princípios que vêm pautando a salvaguarda da sua memória".
Segundo Reis, especialistas das áreas de história moderna e das ciências documentais tendem a ter uma idéia a respeito desse arquivo basicamente por duas vias: o manuseamento das descrições disponíveis no AHU e as referências historiográficas que, sobretudo a partir de meados da década de 1940, se vão desdobrando em trabalhos acadêmicos.