Nesta quinta-feira, dia 2 de novembro, a Igreja São José recebe o Coral Ars Nova da UFMG (foto) para a primeira audição das Matinas fúnebres, composição de autoria do padre José Maurício Nunes Garcia, um dos nomes mais conhecidos da música colonial brasileira. A apresentação, às 19h30, não terá o formato clássico de recital ou concerto, pois inclui a leitura dos textos litúrgicos próprios da missa de encomendação das almas, tal como era costume no país, no século 18. Segundo Fabrício Almeida, coordenador-geral e cantor do Ars Nova, os textos a serem lidos durante a apresentação fazem parte da composição original das Matinas fúnebres, compostas em 1799. Sob a regência do maestro Rafael Grimaldi, o coro contará com a participação de 26 cantores e do organista Rodrigo Teodoro, idealizador conceitual do espetáculo. O autor Compôs numerosas obras religiosas e, em menor proproção, música profana. O padre José Maurício Nunes Garcia é o compositor da única Missa de Réquiem deste período conhecida nas Américas.
O compositor das Matinas fúnebres nasceu em 1767 e faleceu em 1830, no Rio de Janeiro. Mulato, como a maioria dos compositores brasileiros do período, e neto de escravos, chegou a ser mestre da Capela Real e, posteriormente da Capela Imperial.