Organizações populares, associações, cooperativas e empreendimentos solidários do meio urbano e rural se encontrarão entre os dias 16, 17 e 18 de novembro, de 10h às 22h na 3ª Feira Estadual de Economia Solidária, que acontece na Praça Rui Barbosa (Praça da Estação), em Belo Horizonte. O encontro reunirá diversos grupos que desenvolvem em suas comunidades ações de cultura, meio ambiente, cidadania e economia solidária. Organizada pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo Fórum Mineiro de Economia Popular Solidária, a 3ª Feira Estadual da Economia Solidária terá cerca de 500 expositores todo o Estado, promovendo a venda de artensatos, materiais reciclados, bijuterias e produtos da agricultura familiar, entre outros. (Veja aqui a programação completa da feira) Ele informa quje cadastramento feito em 2005, indicou que Minas Gerais tem cerca de 521 empreendimentos solidários (eles chegam a 15 mil em todo o país). "O evento vai proporcionar também a oportunidade de um debate sobre os rumos do programa de economia solidária para os próximos anos e apotará medidas visando ao fortalecimento do movimento", diz Glauber, que representa o Nesth/UFMG no Fórum Metroopolitano de Economia Solidária e é o seu interlocutor estadual. Pontos de Cultura Minas Gerais possui hoje cerca de 40 Pontos de Cultura conveniados. Desses, 38 já confirmaram presença na Feira, nove estarão expondo e comercializando os produtos produzidos a partir do desenvolvimento de seus projetos e 15 farão apresentações artísticas ou exibição de vídeos. O Ponto de Cultura Museu Vivo Giramundo, por exemplo, fará exposição dos bonecos em uma tenda. Os representantes dos Pontos terão a oportunidade de participar de debates e oficinas, e no domingo reúnem-se no II Encontro de Pontos de Cultura conveniados de Minas Gerais. Programa nacional A economia Solidária é fruto da organização de trabalhadores e trabalhadoras na construção de novas relações econômicas e sociais, que, de imediato, propiciam a sobrevivência e a melhoria da qualidade de vida de milhões de pessoas em diferentes partes do mundo, a partir de práticas fundadas em relações de colaboração solidária, inspiradas por valores culturais que colocam o ser humano como sujeitos e finalidade da atividade econômica, em vez da acumulação privada de riqueza em geral e de capital em particular. Esta nova prática de produção e consumo privilegia o trabalho coletivo, a autogestão, a justiça social, o cuidado com o meio ambiente e a responsabilidade com as gerações futuras. O evento conta com o apoio do Instituto Marista de Solidariedade (IMS) e da Fundação Hermitage e do Nesth/UFMG. (Com Assessoria de Comunicação do MinC)
Nesth/UFMG
Segundo o psicólogo Glauber Pereira, do grupo de apoio técnico do Núcleo de Estudos sobre o Trabalho Humano (Nesth), da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, a importância da feira reside na oportunidade que os produtores terão de um contato direto com os consumidores, sem a presença de intermediários.
Nesta edição, a feira conta com a presença de várias associações e cooperativas de cidades do interior do Estado e também com a participação dos Pontos de Cultura, principal ação do Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura.
A Feira de Economia Solidária de Belo Horizonte é uma das 27 feiras realizadas em todo o Brasil pelo programa nacional de fomento às feiras de economia solidária. O programa é parte de uma proposta de promoção da política nacional de comércio ético-solidário e do consumo responsável.