Professores da UFMG se reúnem nesta terça-feira, dia 28, para decidir sobre a fundação do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Belo Horizonte e Montes Claros. A discussão ocorrerá em duas assembléias simultâneas - uma no auditório 2 do ICEx, campus Pampulha, e outra em Montes Claros, a partir de 9h30. Na prática, a criação do sindicato representará a desfiliação dos professores da UFMG do Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes-SN). Isso deverá ser concretizado com a transformação da Apubh - associação de professores sem atuação sindical formalizada - em sindicato. "Para isso, teremos que alterar o estatuto da Apubh", afirma o seu presidente, professor Robson Mendes Matos. Segundo ele, a dissidência é um desejo dos professores da UFMG que remonta há seis anos. "O professor da UFMG tem hoje um perfil bem diferente daquele que marca a atuação do Andes. Enquanto buscamos a negociação, eles recorrem ao confronto", justifica o professor Robson Matos, ao justificar um dos motivos da insatisfação dos professores da UFMG com sua representação sindical nacional. A assembléia precisa contar com um quórum mínimo de 10% da categoria - cerca de 280 professores. Desse total, dois terços devem votar a favor da proposta para que a criação do novo sindicato seja efetivada. Caso isso não ocorra, explica Robson Matos, nova assembléia será marcada para esta quinta-feira, dia 30, quando a participação mínima exigida será de 5%. O movimento dos docentes da UFMG está sendo acompanhado atentamente por professores de outras universidades. "Se fundarmos um novo sindicato aqui, certamente haverá um efeito dominó", acredita o presidente da Apubh, que tem quase 2.800 filiados. Docentes das universidades federais do Rio Grande do Sul, São Carlos, Mato Grosso do Sul e Goiás também discutem a criação de seus próprios sindicatos.