Rio das Velhas em verso e prosa, livro que reúne textos selecionados durante o Festivelhas Manuelzão – Arte e Transformação, realizado em Morro da Garça (MG), será lançado neste sábado, dia 2 de dezembro, em Belo Horizonte, durante o 8º Encontro de Núcleos Manuelzão. O evento de lançamento contará com a participação dos autores do livro e será realizado a partir das 18h, no Salão Eucaliptos, no Sesc-Venda Nova. O material selecionado no Festivelhas Manuelzão revela uma bacia que se expressa de forma diversa e sobre diferentes temas: contos nostálgicos sobre a vida sertaneja, crônicas sobre o ambiente urbano ou mesmo sobre dramas pessoais. A questão ambiental não era uma obrigatoriedade, mas se fez presente em muitos textos. E todas essas histórias foram contadas por autores também muito diversos: comerciantes, veterinários, músicos, adolescentes. Diversidade As ilustrações de J.B Lazzarini, ricas em cores e traços, dialogam com os textos e complementam Rio das Velhas em verso e prosa. J.B. Lazzarini é artista plástico e também foi dos selecionados no Festivelhas Manuelzão, na categoria artes visuais. Lazzarini já participou de exposições em vários estados e também na Itália, França e Áustria. Esta edição tem uma tiragem de 2.000 exemplares, que serão distribuídos para escolas, Núcleos Manuelzão, artistas e instituições públicas. Trecho (Gonzaga Medeiros)
A obra foi organizada pelo professor da Faculdade de Medicina, Eugênio Goulart, e pela advogada Letícia Malloy, que fizeram parte da curadoria de literatura do Festivelhas. Na apesentação do volume, os organizadores assinalam que "da leitura dos textos, veio a constatação de uma escrita, a um só tempo, regional na descrição da paisagem, na narração dos costumes e das crenças, e universal na manifestação das alegrias com o simples da vida, das angústias face à solidão e face ao outro, da tristeza de ver o estado das águas agravado e da expectativa de dias melhores, de rios com peixes".
Um homem já bem de idade pescava à beira do rio,
crente que pegaria um peixe que só ele viu,
sem saber ele, sequer, que o rio morreu deitado,
desceu encachoeirado, caiu em pé no vazio.