O corpo do estudante Carlos Eduardo Fernandes Rodrigues, 21 anos, aluno do curso de Turismo do Instituto de Geociências (IGC) da UFMG, será sepultado nesta terça-feira em Governador Valadares, sua cidade natal. O translado do corpo, desde Florianópolis, está sendo feito por terra, por decisão da família, em função da crise nos aeroportos brasileiros, e o sepultamento acontecerá tão logo chegue à cidade, o que está previsto para 17h. O estudante afogou-se em 27 de novembro, quando nadava em mar revolto, na praia da Galheta, em Florianópolis, parada da viagem que fazia com um grupo de colegas para um congresso de turismo em Porto Alegre. As más condições atmosféricas dificultaram as buscas e o corpo ficou desaparecido durante 12 dias, sendo encontrado no último sábado, por pescadores, a três quilômetros do local de seu desaparecimento. (Leia mais) Tão logo tomou conhecimento do acidente, o reitor da UFMG, Ronaldo Pena, telefonou para seu colega, professor Lúcio José Botelho, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, pedindo que fosse dada assistência à família e que o mantivesse informado dos acontecimentos. Por sua vez, a diretora do IGC, professora Cristina Augustin, manteve-se em contato permanente com o paí do aluno acidentado durante todo o período de buscas. Consternação "Ele era uma pessoa muito sensível e questionadora, preocupado com as conseqüências da atividade turística sobre as comunidades, sempre envolvido com as questões sociais. Ele tinha grande consciência social. Deixa-nos uma lacuna, mas o sorriso dele permanece como uma lembrança boa de sua personalidade". O reitor Ronaldo Pena e a vice-reitora Heloísa Starling enviaram aos familiares do estudante telegramas de pêsames e, em nome da Reitoria, uma coroa de flores. A diretora do IGC transmistiu à família uma mensagem de condolências, "manifestando meu pesar como professora e como mãe". Ela encaminhou também um telegrama em nome da comunidade do Instituto. A diretora de marketing, Priscila Cordeiro Lemos, da empresa-júnior Território, que promoveu a excursão e da qual Carlos Eduardo era assessor do Departamento de Qualidade, informou que pelo menos dois colegas seus viajaram para Governador Valadares, como representantes dos demais membros da empresa. São as irmãs Mônica e Andréa Gontijo Chiabi, que estavam em companhia de Carlos Eduardo quando aconteceu o acidente. Andréa, que também estava no mar, pôde ser resgatada a tempo por outro colega, Luís Sérgio Oliveira.
A morte do estudante Carlos Eduardo Fernandes Rodrigues causou grande consternação na comunidade universitária, especialmente entre seus colegas e professores. A coordenadora do colegiado do curso de Turismo, Mariana de Oliveira Lacerda, professora de Carlos na disciplina Planejamento de Turismo, disse que o estudante era um rapaz alegre, comunicativo e muito participativo.