Universidade Federal de Minas Gerais

Eber Faioli
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Professora Maria do Carmo Vila

Química e Ciências Biológicas inauguram educação a distância na UFMG

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006, às 12h38

A UFMG realiza, no próximo ano, vestibular específico para dois cursos a distância - licenciatura em Química e em Ciências Biológicas -, com oferta exclusiva para as regiões de Araçuaí, Montes Claros, Teófilo Otoni, Governador Valadares e Frutal.

Poderão concorrer às 250 vagas professores que lecionam a pelo menos um ano nas redes públicas dessas regiões, com regência nas disciplinas ofertadas.

A oferta de cursos de graduação na modalidade a distância foi aprovada na última semana pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e pelo Conselho Universitário.

Para o reitor Ronaldo Pena, a aprovação dos cursos inaugura uma nova fase do ensino de graduação na UFMG, “o que a torna ainda mais contemporânea do seu tempo”.

Financiada pelo Programa Pró-Licenciatura, do Ministério da Educação (MEC), a iniciativa conta com apoio da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais, de prefeituras e lideranças locais.

Os cursos ampliarão a presença da UFMG no estado e representam a contribuição da Universidade à formação de professores de ciências na rede pública.

Além do Pró-Licenciatura, uma segunda perspectiva se abre para que a UFMG ofereça cursos a distância. Trata-se do projeto Universidade Aberta do Brasil (UAB), também do MEC.

Criado em 2005, o projeto tem por objetivo articular e integrar um sistema nacional de educação superior a distância, em caráter experimental, visando sistematizar as ações, programas, projetos, atividades pertencentes às políticas públicas voltadas para a ampliação e interiorização da oferta do ensino superior gratuito e de qualidade no Brasil.

O Sistema Universidade Aberta do Brasil (www.uab.mec.gov.br) é uma parceria que envolve os três níveis governamentais (federal, estadual e municipal), universidades públicas e organizações interessadas.

Para o primeiro edital da UAB, a UFMG propôs a oferta de cursos de graduação e de especialização, para atender solicitações de mais cinco pólos municipais: Corinto, Formiga, Uberaba, Campos Gerais, Buritis e Conselheiro Lafaiete.

Mutirão
A oferta das primeiras turmas de graduação a distância da UFMG representa o esforço de dezenas de pesquisadores que se empenharam na elaboração de projetos pedagógicos, material didático e uma plataforma de informática para manter, na modalidade a distância, a tradicional qualidade dos cursos presenciais.

Desde o final de 2005, cerca de 20% dos professores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e do departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas (Icex) assumiram voluntariamente uma sobrecarga de trabalho, para construir projetos capazes de concorrer aos editais dos dois programas. "Sem contar o empenho na discussão e na elaboração do projeto pedagógico e do material didático", ressalta a professora Ione Maria Ferreira de Oliveira, ex-chefe do departamento de Química e atual Coordenadora da UAB na UFMG.

Credenciada pelo MEC, desde julho de 2005, para a oferta de cursos superiores a distância, a UFMG vê esta modalidade de ensino como "uma das formas de ampliar o âmbito de sua ação educacional e como alternativa importante de oferta de ensino superior", segundo a coordenadora do Centro de Apoio à Educação a Distância (Caed), professora Maria do Carmo Vila.

Ela cita o déficit nacional de 250 mil professores com formação nas áreas de Física, Química, Biologia e Matemática, e acredita que o Pró-Licenciatura e a criação da Universidade Aberta pelo MEC demonstram a tendência, no país, de seguir esse modelo para reduzir a demanda por cursos superiores.

Outro indício de que a EAD receberá maior apoio governamental está na resolução 39 do conselho deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE/MEC), que estabeleceu, em agosto de 2005, os procedimentos para a apresentação, seleção e execução de projetos de cursos de licenciatura, na modalidade educação a distância, para a formação inicial de professores das redes públicas sem licenciatura na disciplina em que exerçam a docência.

O documento reitera a "urgência de investir esforços e recursos para melhorar a qualidade das escolas de ensino fundamental e médio", e lembra que o Plano Nacional de Educação estabelece como meta, a ser atingida até 2010, o percentual de 70% dos professores da educação básica com formação específica de nível superior.

Na UFMG, o Caed coordenado por Maria do Carmo Vila tem procurado atuar como agente catalisador, ao incentivar e apoiar iniciativas e pesquisas na área, captar recursos para a implementação de ações, e incorporar tecnologias de informação, de comunicação e de técnicas de Educação a Distância (EAD) aos métodos didático-pedagógicos. 

A professora Maria do Carmo Vila destaca o importante papel do pró-reitor de Graduação, professor Mauro Braga, cujo empenho foi fundamental para a aprovação da modalidade a distância pelos órgãos de deliberação superior da Universidade.

Parcerias
A implantação do Pró-Licenciatura conta com parceria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que se responsabilizará pela oferta do curso de Química para os pólos de Cataguases, Barbacena e Juiz de Fora, e a implantação dos dois cursos envolve financiamento do governo federal e da Secretaria de Estado da Educação. Os recursos federais referentes a 2006 já foram liberados.

Eles serão utilizados na preparação da infra-estrutura básica para oferta dos cursos: compra de equipamentos para montagem de laboratórios, produção do material didático e apoio administrativo e pedagógico.

“Recebemos o valor aproximado de R$526 mil para o curso de Ciências Biológicas e de R$711 mil para o de Química", diz Maria do Carmo Vila. Já o Governo de Minas assumiu a responsabilidade de realizar reforma ou construção dos prédios onde funcionarão os pólos de EAD, nas cinco cidades.

"A Universidade, sozinha, não sustenta um empreendimento dessa grandeza", afirma a diretora do ICB, Maria Cristina Lima de Castro, ao ressaltar que apesar da relevância social do projeto, a continuidade dos cursos depende de definições que ultrapassam o cotidiano dos departamentos acadêmicos. "Quando o projeto ficou pronto, surgiu uma dúvida que remetemos à Congregação do ICB: o curso que montamos terá caráter permanente ou é específico, para atender apenas a essa demanda?", conta a professora Denise Carmona, coordenadora do colegiado de Ciências Biológicas.

A resposta da Congregação foi clara: a oferta é sob demanda, a menos que haja garantia de financiamento e mecanismos que evitem a sobrecarga de trabalho dos docentes. O assunto foi enviado pela diretoria do ICB à Câmara de Graduação, com a proposta de que a EAD seja incorporada às funções normais do corpo docente. "É preciso que estas atividades constem da carga horária oficial dos professores", reforça a diretora, ao afirmar que diante do alto investimento na elaboração do projeto de EAD, a Universidade "deve agora lutar para que esta seja uma atividade permanente". 

Leia mais sobre os cursos a distância na UFMG:
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