Em sua última reunião de 2006, o Conselho Curador da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) aprovou a criação de cinco novos programas para fortalecer a ciência, a tecnologia e a inovação no Estado. Batizado de “pacote do bem”, o conjunto das propostas representa um investimento estimado de R$ 16 milhões. Segundo a Fapemig, esses recursos serão adicionais aos já comprometidos com outros programas que, em 2007, também receberão reforços financeiros. Isso será possível graças a um aumento significativo no orçamento da fundação para o próximo ano. “O orçamento do tesouro de 2007 será quase o dobro do valor repassado em 2006. Com a ampliação, será possível atender às propostas da comunidade científica, fundamentais para a qualificação de novos pesquisadores e para o desenvolvimento da pesquisa e pós-graduação”, disse a presidente do conselho curador da Fapemig, Lucilia de Almeida Neves Delgado. A demanda foi apresentada pelo Fórum dos Dirigentes das Instituições Públicas de Ensino Superior (Fórum das Ipes) em novembro, durante o encontro do Programa Fapemig no Interior, realizado em Ouro Preto. Após estudos técnicos e financeiros elaborados pela fundação mineira, o documento foi analisado e convertido nas cinco propostas aprovadas. A primeira proposta refere-se ao aumento da cota de bolsas para os cursos que receberam nota 3 ou 4 na última avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A cota será concedida pelo período de duas avaliações da Capes. Após esse período, a continuidade estará condicionada à melhoria da nota de avaliação. A segunda proposta cria a taxa de bancada dentro do Programa de Pós-Graduação da Fapemig (PAPG) e será concedida às instituições em número de cotas correspondentes às bolsas de doutorado concedidas pela fundação. Esse recurso adicional se destina à manutenção e melhoria das atividades necessárias à qualificação de novos doutores. O Programa Pesquisador Mineiro (PPM) é uma nova modalidade de apoio que irá beneficiar pesquisadores que estejam conduzindo pesquisas científicas e tecnológicas que tenham relevância para o desenvolvimento econômico e social do Estado. Estão previstas duas categorias: pesquisador cientista e pesquisador inovador (tecnólogo). O programa prevê a concessão de 300 cotas de bolsas e sua chamada se dará por meio de edital específico. Por fim, a criação do Programa de Apoio a Grupos de Pesquisa Emergentes procura fixar o pesquisador no Estado e gerar novos núcleos de pesquisa. A modalidade, que será apresentada por meio de edital, corresponde a apoio a grupos e pesquisadores jovens com dificuldade em captar recursos, ou que precisem de financiamentos específicos não cobertos pelas modalidades existentes hoje na Fapemig.
A quarta proposta é a criação do Programa Estadual de Cooperação Acadêmica (Procad-MG). Nos moldes do programa de mesmo nome lançado pela Capes, o Procad-MG é voltado para a pós-graduação e propõe a implantação de redes de cooperação acadêmica.
Mais informações: www.fapemig.br (Agência Fapesp)