Presente à quinta edição do Bienal da UNE, aberta no sábado, 27 de janeiro, no Rio de Janeiro, o estudante de comunicação da UFMG, Ismael dos Anjos, escreve para o site da UFMG: O quarto dia da Bienal de Arte, Ciência e Cultura da UNE colocou em discussão a caracterização do funk carioca como movimento pertencente a cultura popular brasileira. Durane debate com estudantes, com lotação esgotada, o MC Mr. Catar arrancou aplausos do público ao indagar: “Será que sacanagem em Inglês é mais bonito?”. A provocação mostrava sua crítica à passividade com que encaramos as letras similares aos “proibidões”, mas que vêm de fora. Além de duelo de MC´s, o evento abriu também discussão sobre a literatura nos países de língua portuguesa, com a presença do cineasta e escritor angolano Ondjaki. Ele defendeu a isenção fiscal das produções culturais de seis países que tem português como língua oficial, o que estimularia a troca de conhecimentos. Reforçando a idéia de intercâmbio, a estudante de artes plásticas Carolina Torres, que freqüentou oficina de Capoeira afirmou que “a Bienal é uma oportunidade de ampliar conhecimentos, já que o tema da minha monografia é cultura popular”. Alguns dos destaques da programação de ontem, quarta-feira, foram o músico Marcelo Yuca, que participou de discussão sobre juventude negra e direitos humanos, e a visita ao ponto de cultura da Favela da Rocinha. A UFMG também marcará presença: o professor Evandro Passos, da Escola de Educação física, Fisioterapia e Terapia ocupacional, especialista em dança afro, analisará a relação "antropofágica" entre o Brasil e a África.