O Centro cultural UFMG apresenta, no próximo final de semana, 10 e 11 de março, duas atrações culturais e artísticas. No sábado, dentro do Projeto Criança, haverá apresentação da peça de teatro Boi Bumba Bolo – um livro para ser lido. Nos dois dias, às 17 horas, o projeto Cine-Centro apresenta três os documentários Candombe do Açude: arte, cultura e fé, com direção de André Braga e Carde Amâncio, Olhar Calunga, de André Braga, e Sonhos de um negro. Extraído do conteúdo do livro Boi Bumba Bolo, de autoria do próprio ator e diretor do espetáculo, Geraldo Magela Alves, a peça busca ampliar as possibilidades de pesquisa e parceria, valendo-se do fazer para desenvolver a trama. Trata-se de espetáculo lúdico, interativo e muito simples. O enredo aborda o desejo de Fafafa, menina que após terminar a leitura de seu primeiro livro, planeja construir um Bumba-Meu-Boi. A encenação traz para a cena a beleza plástica do Bumba-meu-boi, de maneira estilizada. Na concepção do espetáculo, o diretor utiliza múltiplas técnicas de encenação: contação de histórias, manipulação de bonecos e interpretação teatral, tudo de forma bastante interativa. A participação do público ganha espaço na estruturação do canto e da ciranda. Os filmes
Com direção de André Braga e Carde Amâncio, Candombe do Açude: arte, cultura e fé (24 min./2004), aborda a tradição do Canbombe, manifestação religiosa dos moradores do Açude, que tocam os "tambus" feitos pelos seus ascendentes escravizados. Olhar Calunga – (38 min./2006), André Braga é um ensaio de etnopoesia sobre a vontade de fazer filmes. O documentário mostra as andanças do autor e da equipe por entre os vãos do Território Calunga, o maior remanescente de quilombo no Brasil. Único filme de ficção, Sonhos de um Negro tem 10 minutos de duração.