Nada de auditório do ICB ou da Faculdade de Farmácia. O local escolhido pelo Centro de Difusão da Ciência (CDC) para debater a Química do Chocolate foi a Praça da Liberdade, onde os visitantes passearão por tendas didáticas e se inscrever em oficinas de fabricação e degustação do alimento. O evento acontece no próximo sábado, 24, como fruto de parceria entre as faculdades de Farmácia e Medicina, Escola de Enfermagem, ICB, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), Escola Maria Chocolate e Spa Outeiro de Minas. Das 9h às 16h, o público vai passear por cinco tendas diferentes, todas relacionadas com a trajetória, as potencialidades e mistérios do chocolate: saber; mitos e verdades; contos; estética corporal e sentidos. Deste último espaço, participam integrantes do projeto de extensão Neuroeduca, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). “Não queremos vulgarizar o conhecimento científico, mas desmitificar questões do cotidiano da população”, explica a coordenadora do CDC, professora Tânia Margarida Costa. Nas oficinas de degustação e fabricação - oferecidas respectivamente pelo Senac e pela Escola Maria Chocolate, além de experimentar coquetéis sem álcool, os participantes aprendem a diferenciar os tipos de chocolate. As inscrições, gratuitas, serão feitas no dia da atividade. “A idéia é que as pessoas se encontrem para falar sobre ciência. A Universidade realiza diversos eventos que atraem a comunidade para o campus; desta vez, vamos levar a UFMG às ruas”, comenta a diretora do CDC. Alimento dos deuses A origem do alimento é desconhecida, mas pesquisadores afirmam que há mais de três mil anos, povos pré-colombianos como os astecas e maias misturavam as sementes torradas e moídas do cacau em água quente ou vinho e temperavam a bebida com baunilha, pimenta e outras especiarias. O resultado era uma espécie de chocolate quente bastante amargo. O primeiro europeu a ter contato com o fruto do cacaueiro foi Cristóvão Colombo. Ele levou algumas sementes para seu continente de origem em 1502, mas apenas alguns anos mais tarde, quando o navegador Hernando Córtez presenteou o rei espanhol com grãos de cacau, o chocolate passou a ser bebida da moda entre os nobres da Europa. Para saber mais sobre a história do chocolate acesse o site do ICB
O nome científico do cacaueiro, árvore que produz a principal matéria-prima do chocolate, é Theobroma cacao. Em grego, Theobroma quer dizer alimento dos deuses. O vegetal é nativo das regiões tropicais da América Central e do Sul.