A Pró-Reitoria de Pesquisa e a Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG realizaram, na tarde desta sexta-feira, 13 de abril, reunião com representantes da Cemig e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/Fiemg). Durante o encontro, conduzido pelo pró-reitor de Pesquisa, Carlos Alberto Tavares e pelo coordenador da CTIT, Rubén Dario Sinisterra foram discutidas parcerias entre as três instituições. Participaram da reunião Luiz Carlos Leal Cherchiglia, superintendente de Tecnologia e Alternativas Energéticas da Cemig, e Lindomar Mourão, do IEL. Ao abrir a discussão, o pró-reitor Carlos Alberto Tavares, lembrou que o objetivo era ampliar a interlocução institucional entre a Universidade, empresas, públicas e privadas, e fundações de apoio à pesquisa. "O intercâmbio com outras instituições nos permite dar suporte aos parceiros e, ao mesmo tempo, intensificar nossa produção", disse, ao lembrar que no dia 12 de abril participou de evento similar com representantes da Petrobrás. Já o coordenardor da CTIT, Rubén Dario, explicou a relevância de buscar aproximação com outras instituições, principalmente em momento de tantas demandas da iniciativa privada. "Já está em vigência o novo arcabouço legal para a área de inovação e precisamos nos ajustar às formas nele previstas de produzir conhecimento", ressaltou, ao lembrar que a Cemig já investe em uma série de projetos da Universidade. Rubén comentou, ainda, a posição de destaque da UFMG no que diz respeito ao patenteamento de inovações no Brasil e no exterior. E revelou que o encontro com professores representantes da Cemig e da Fiemg é uma forma de "realizar prospecção sobre competências tecnológicas e oportunidades de melhorias e inovação dos segmentos que compõem a cadeia produtiva do setor de energia elétrica". Além disso, trata-se do momento para "caracterizar as linhas temáticas estratégicas" de interesse comum e "apoiar a implementação do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Cemig/Aneel". "Vivemos, hoje, um momento diferenciado, em que os projetos são cada vez mais multidisciplinares. A UFMG possui muitas competências, que poderiam trabalhar em iniciativas com a Cemig", disse. P&D Luiz Carlos também explicou aos participantes a legislação brasileira hoje vigente, para área de inovação tecnológica, e relatou os critérios da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para aprovação de projetos. Segundo ele, de 2000 a 2007, a Cemig desenvolveu 70 iniciativas. Outras 73 estão em andamento. Apesar da boa "performance", há 106 propostas à espera do crivo da Aneel. "Não podemos iniciar um projeto sem a aprovação da Agência. Muitas vezes, isso leva tempo", explicou. Segundo o superintendente, a Cemig conta, hoje, com R$ 15 milhões para novos projetos. Valor idêntico já sendo investido em iniciativas que "importantes para a indústria e a sociedade", concluiu. Prazo Antes do início do debate com os professores, Lindomar Mourão, do IEL, explicou as características do trabalho do Instituto, ao lembrar que inovação, como forma de incentivar novos negócios e mercados, é uma de suas principais metas. "Com a Cemig, já desenvolvemos uma série de parcerias. A UFMG é muito importante nesse processo, pois não há como discutir inovação sem a Universidade", ressaltou. Lindomar Mourão lembrou que é importante que os pesquisadores da UFMG apresentem propostas até 10 de maio. Tal "prospeção geral" servirá às três instituições para definição de linhas tematicas e tecnológicas.
Em seu depoimento, o superintendente de Tecnologia e Alternativas Energéticas da Cemig, Luiz Carlos Leal Cherchiglia, explicou aos professores da Universidade a forma de atuação de sua área em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). "Para nós, a UFMG sempre foi parceira preferencial. Buscamos desenvolver ações, no mercado de energia e de equipamentos para o setor elétrico, que atendam, ao mesmo tempo, a indústria e a sociedade", comentou.
Os pesquisadores terão até o dia 10 de maio para pensar em propostas de parceria com a Cemig. Na proposição dos pesquisadores, há diversas possibilidades de ação, como produção de materiais, desenvolvimento de sistemas computacionais, conceitos, teorias, reaparelhamento de laboratórios ou, até mesmo, dissertações de mestrado e teses de doutorado.