Os professores da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG, Clélio Campolina e Marco Crocco e a pesquisadora Fabiana Borges realizam, hoje, exposição sobre A regionalização da política industrial, durante a sessão O Futuro da Política Industrial no Brasil do 2º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. Promovido pela Confederação da Indústria (CNI), o evento foi aberto na segunda-feira, dia 23, em São Paulo, e contou com a participação do ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende. Nesta quarta-feira, uma série de painéis e sessões paralelas debaterão temas como financiamento, propriedade intelectual, tecnologia da informação, biotecnologia, nanotecnologia e desenvolvimento tecnológico das pequenas empresas. Na avaliação da indústria, o incentivo à inovação depende, entre outras coisas, do aumento da oferta de recursos e da simplificação dos financiamentos para as empresas. A pequena participação do Brasil no cenário mundial de patentes também será um dos destaques nas sessões. Mesmo com uma Lei de Propriedade Industrial, essa área enfrenta problemas com a falta de pessoal especializado e de infra-estrutura adequada para processar os pedidos de marcas e patentes. O setor de tecnologia da informação também sofre com a falta de mão-de-obra qualificada, além dos elevados custos trabalhistas. Expositores A pesquisa foi realizada pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Face, a convite do Ministério da Integração Nacional, com o objetivo de ser utilizada na elaboração da Política Nacional de Desenvolvimento Regional. Coordenado por Campolina, o trabalho produziu 890 páginas, transformadas, posteriormente, nos livros Fundamentos teóricos e conceituais sobre o desenvolvimento regional e urbano e Principais experiências mundiais de desenvolvimento regional: lições para o Brasil. Atualmente, além de desenvolver atividades docentes e de pesquisa na UFMG, Clélio Campolina foi selecionado pelo programa Professor Residente do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat) da Universidade. Graduado em engenharia, é mestre e doutor em economia pela Unicamp. Relizou seu pós-doutorado na University of Rudgers. Marco Crocco é doutor em economia pela Universidade de Londres e mestre pelo Instituto de Economia Industrial da UFRJ. Professor e pesquisador do Cedeplar da UFMG, atua na área de economia, com ênfase em economia regional, inovação, indústria e sistema financeiro regionais. Já Fabiana Santos é consultora do Parque Tecnológico de Belo Horizonte e pesquisadora associada do Cedeplar. Possui mestrado em Economia da Industria e da Tecnologia pela UFRJ, tendo realizado também curso de pós-graduação pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Publicou artigos e capítulos de livros no Brasil e no exterior, com ênfase em crescimento e desenvolvimento econômico, atuando principalmente nos seguintes temas: arranjos produtivos, desenvolvimento regional, parque tecnológico e tecnologia e inovação. A programação e as informações sobre o Congresso estão no site www.cni.org.br/inovacao. (Com assessoria da CNI)
Ex-diretor da Face e um dos pesquisadores brasileiros mais reconhecidos na área de desenvolvimento e economia regional, Clélio Campolina apresentou, em 2005, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento, o estudo Diretrizes para a formulação de políticas de desenvolvimento regional e de ordenamento do território.