Universidade Federal de Minas Gerais

Pesquisa de percepção pública da ciência no Brasil aponta reconhecimento a avanços na área

quinta-feira, 26 de abril de 2007, às 9h45

Para os brasileiros, a ciência no país avançou em relação à produção internacional no setor. A conclusão é da pesquisa Percepção Pública da Ciência e Tecnologia, feita no fim de 2006 com mais de 2 mil pessoas em todo o país e divulgada na quarta-feira (25/4) pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).

No levantamento, 41% dos entrevistados consideram que o país ocupa posição intermediária no cenário mundial no setor, dado que era de apenas 25% em 1987 – quando foi feito outro estudo do tipo pelo MCT, pelo Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Para 46% dos entrevistados, a ciência e a tecnologia trazem mais benefícios do que malefícios para a sociedade.

Apesar desse avanço na percepção, a pesquisa revela que os temas ligados à ciência e à tecnologia têm 41% da preferência ("muito interesse") do público, perdendo para medicina e saúde (60%), meio ambiente (58%), religião (57%), economia (51%) e esportes (47%). Mas a ciência ficou à frente da política, que não passou dos 20%.

Para o coordenador da pesquisa, Ildeu de Castro Moreira, diretor do Departamento de Popularização e Difusão de Ciência e Tecnologia do MCT, isso ocorre por motivos como poucos investimentos, baixo nível educacional da população e laboratórios mal equipados.

A pesquisa também aponta pontos de relevância na formulação de políticas públicas, como a baixa visitação a instituições científicas e a pequena participação da sociedade em eventos do setor.

“A ciência é muito nova entre nós e, por conta disso, os resultados aqui ainda são limitados”, disse Sergio Rezende, ministro da Ciência e Tecnologia. Rezende fez algumas comparações para ilustrar o ponto de vista, como a que o primeiro físico norte-americano, Benjamin Franklin, começou a atuar em torno de 1750, e a Universidade de Harvard foi fundada em 1736. “Enquanto isso, a Universidade de São Paulo, nossa maior referência, nasceu 300 anos depois da primeira dos Estados Unidos.”

A explicação para o baixo interesse pode ser encontrada na dificuldade de compreensão dos assuntos científicos: 37% dos entrevistados disseram não entender e 14% afirmaram não gostar dos temas abordados.

Para Castro Moreira, é fundamental melhorar a educação científica nas escolas. “É importante, também, buscar uma inserção de qualidade do tema na mídia brasileira, em especial na televisão, que tem programas sobre ciência, mas os veicula em horários muito distantes do pico de audiência”, destacou.
Isso se justifica especialmente quando os entrevistados apontam que 42% confiam na credibilidade jornalística para tratar do tema ciência, somente superada pela dos médicos, com 43%.

Investimentos
O levantamento mostra ainda que 70% dos brasileiros consideram que o setor privado deve investir mais em pesquisa. Entre as áreas prioritárias para receber recursos, apontadas pelos entrevistados, estão medicamentos e tecnologias médicas (72%), tecnologias para agricultura (52%) e energia solar (37%). Curiosamente, o setor de nanotecnologia ficou com apenas 3%. “Isso é natural. Há seis anos, na Europa, o percentual era semelhante. Mas hoje já é três vezes maior que o brasileiro”, disse Castro Moreira.

A pesquisa foi realizada com entrevistas domiciliares e pessoais entre os dias 25 de novembro e 9 de dezembro de 2006. A amostra avaliada foi de 2.004 pessoas em diversos municípios do país, selecionadas com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O público selecionado foi composto por 50% de mulheres e 50% de homens com idade média de 36 anos e renda mensal média de R$ 952,29.

A produção do questionário, que levou em conta pesquisas anteriores realizadas na Europa, em países como a Argentina e cidades como São Paulo, foi feita por um grupo de trabalho coordenado por Castro Moreira e Luisa Massarani (Museu da Vida/Fiocruz), do qual participaram Marcelo Knobel (IFI/Unicamp), Yurij Castelfranchi (LabJor/Unicamp), Carlos Vogt (LabJor/Unicamp e Fapesp), Martin Bauer (London School of Economics, Inglaterra), Carmelo Polino (Ricyt e Centro Redes, Argentina), Maria Eugenia Fazio (Centro Redes, Argentina).

A pesquisa contou com a colaboração da Academia Brasileira de Ciências, do Museu da Vida/Fiocruz, da Fapesp e do LabJor e foi executada pela CDN Estudos & Pesquisa.

Mais informações sobre a pesquisa Percepção Pública da Ciência e Tecnologia: www.mct.gov.br/index.php/content/view/50875.html. (Agência Fapesp)

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