Captura de tela/TV UFMG |
Em visita ao laboratório de análise de leite da Escola de Veterinária, na manhã desta quinta-feira, 17, o secretário estadual de Agropecuária, Gilman Rodrigues, afirmou que buscará recursos para duplicar a capacidade de análises realizadas mensalmente pelo setor. A visita foi acompanhada por alguns parlamentares da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, liderados pelo deputado Eros Biondini. Segundo o coordenador geral do laboratório, professor Leorges Fonseca, a capacidade máxima de atendimento foi atingida, enquanto a demanda dos produtores por análise continua crescendo. “Hoje podemos analisar no máximo 20 mil amostras por mês. Mais que isso poderia danificar nossos equipamentos”, comentou. Minas Gerais é o maior produtor de leite do país, o que corresponde a 30% da produção nacional. Não obstante, existem no Estado apenas dois laboratórios credenciados para realizar análise de produtos laticíneos (o segundo fica na cidade de Juiz de Fora). “Nossa fila de espera é enorme”, afirmou o professor Leorges. Apesar da intensa procura, o diretor da Escola, professor Francisco Lobato, diz que as análises mensais não geram lucro para obtenção de novos equipamentos. “O preço cobrado dos produtores é apenas para manuntenção do laboratório. Nosso objetivo é prestar um serviço à comunidade.” Além do caráter de extensão, a atividade também contribui para o ensino e pesquisa da Escola. “Temos disciplinas que são realizadas dentro do laboratório”, afirma Lobato. Referência nacional O laboratório utiliza sistemas automitzados e eletrônicos que fornecem subsídio às indústrias e produtores para atingir padrões de qualidade de produtos lácteos comercializados no Brasil e exterior. Os resultados fornecidos pelas análises também contribuem no assessoramento técnico de indústrias do setor em relação ao melhor aproveitamnto de matéria-prima. Segundo o professor Leorges Fonseca, mensalmente são atendidos 22 mil produtores de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro. “A empresa Itambé de todo o Brasil realiza suas análises consco”, revela. O coordenador do laboratório afirma que a indústria de laticíneos está em crescimento no Brasil, por isso, a expectativa é que, “com o aumento da competitividade, as empresas valorizem cada vez a execelência na qualidade de seus produtos”.
O Laboratório de Análise da Qualidade do Leite da Escola de Veterinária da UFMG (LabUFMG) iniciou suas atividades em 2003 e integra a Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade do Leite, coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Suas atividades incluem contagem de células somáticas, contagem bacteriana, crioscopia, resíduos de antrimicrobianos em leite cru e pesquisa de fraude por adição de soro ao leite.