Quase 50% dos servidores da UFMG já aderiram à greve, segundo Balbino Cosme de Siqueira Neto, coordenador de assuntos jurídicos do Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino Superior de Belo Horizonte (Sindifes/BH). Os servidores da Universidade reúnem-se, nesta quarta-feira, a partir das 9h, para assembléia geral em frente à Faculdade de Medicina. No encontro, eles avaliam o andamento da greve até o momento e decidem quais serão os próximos passos. Em seguida, os servidores darão um abraço simbólico no Hospital das Clínicas (HC). "Temos realizado reuniões em todos os setores, discutindo o que é prioridade, o que deve parar e o que continuará funcionando", esclarece Balbino Cosme. Amanhã, também será realizada reunião da categoria com o Ministério do Orçamento e Gestão, em Brasília. Segundo o coordenador de assuntos jurídicos do Sindifes, em todo o Brasil, servidores de 38 Universidades públicas mantêm suas atividades paralisadas desde o último dia 28. "Até agora, o Governo não sinalizou disposição para negociar com o Sindifes", revela. Reinvindicações
As principais reivindicações dos funcionários, segundo o coordenador do Sindifes, Luiz Geraldo de Oliveira, referem-se ao vencimento básico complementar, à revisão de sua tabela salarial e à retirada do Projeto de Lei Complementar (PLP) n. 01/2007. "O projeto limita as despesas anuais de pessoal da União a 1,5%, mais a inflação, inviabilizando, na prática, aumento salarial nos próximos dez anos. Isso nos prejudica bastante, pois a nossa categoria é a que tem o menor vencimento no serviço público federal", explica.