Compreender o pensamento que norteou a constituição da educação brasileira no passado para solucionar problemas do ensino na atualidade. Tal princípio norteará a palestra do professor Carlos Roberto Jamil Cury, da PUC/Minas, nesta quinta-feira, 28 de junho, às 19, no auditório da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, dentro do projeto Pensar a educação, pensar o Brasil - 1822/2022, da FaE. Na conferência, o pesquisador revelará que "os projetos republicanos para a educação, no alvorecer da República, exceto na questão da laicidade, acabaram por confirmar as tendências advindas do Império com ênfase na permanência de um federalismo educacional". Segundo Carlos Jamil Cury, "a autonomia dos Estados seria o caminho para se avançar no ensino primário, e a oficialização dos diplomas continuaria a contar como atribuição da União. Por outro lado, explica o professor, "a convergência do liberalismo com a ampliação dos padrões da sociedade contratual faria da educação a via de passagem dos direitos civis do indivíduo para os direitos políticos do mesmo indivíduo". A iniciativa O evento tem como tema geral Os intelectuais e o debate público sobre educação no Brasil e foi planejado para acontecer ao longo do ano, na Faculdade de Educação da UFMG, com uma ou duas conferências mensais. Segundo os organizadores, o projeto pretende articular ações de ensino, pesquisa e extensão em universidades públicas brasileiras a partir de uma reflexão sistemática sobre a educação pública. A programação completa e mais informações estão disponíveis na página do Projeto.
O projeto Pensar a educação/pensar o Brasil – 1822/2022 é uma realização do Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação (Gephe), da FaE, e pretende propor uma reflexão sistemática e estrutural sobre os desafios educacionais.