Felipe Zig Por Fernanda Cristo "Uma idéia na cabeça e uma câmera na mão". Na área de Artes Audiovisuais do 39º Festival de Inverno da UFMG, a máxima do Cinema Novo vem sendo cumprida à risca. Na oficina "Resíduos Tecnológicos e Ruídos na Montagem de Redes" , por exemplo, as práticas são baseadas na idéia de subversão. "Nossa proposta é bem aberta. Em vez de preocupar em seguir um padrão estruturado, estimulamos o aluno a buscar a desestrutura, o que é excluído", conta a professora Raquel Rennó. O alvo é o inexplorado: o lixo, diferentes níveis de luz, sobreposições. "O objetivo é se apropriar do que sobra e criar algo novo, seja em vídeo, fotografia ou programação de dados", define a professora. Já a oficina "Inventário Imaginário" propõe que os alunos criem uma visão da cidade, buscando referências audiovisuais. Durante as aulas, o oficial de justiça João Luís da Silva Jr., de 51 anos, fotografa becos de Diamatina. "A idéia veio do poema do Beco, de Manuel Bandeira", explica. O oficineiro já esteve em outras edições do Festival, trazendo a família, mas esta é a primeira vez que faz oficina. "Estou achando legal, mas não sei onde meu projeto vai parar", diz. Leia sobre outras oficinas da área no site www.ufmg.br/festival.
Aluno da oficina Inventário Imaginário