No ano em que completou quatro décadas, o Festival de Inverno da UFMG esteve mais próximo do que nunca da população. A avaliação é de Fabrício Fernandino, curador geral do evento, que faz um balanço da 39ª edição, realizada em Diamantina, entre os dias 15 e 28 de julho. De acordo com Fernandino, o resultado foi positivo em todos os aspectos. Um deles, destaca o curador geral, foi a ponte que se estabeleceu entre as manifestações artítisticas contemporâneas e a cultura regional. A intenção, para o ano que vem, é estreitar ainda mais o contato entre artistas, estudantes e a população e a cultura de Diamantina. “O Festival de Inverno cumpriu plenamente com seu objetivo, expresso no conceito do evento, Territórios Híbridos – Linguagens Contemporâneas, ao estabelecer uma ponte que liga esses dois territórios, o da produção de arte contemporânea, de ponta, e o da cultura regional, extremamente rica”, afirma Fernandino. Para isto, a organização do festival estimulou a interação entre as diversas áreas do conhecimentos, sejam elas diretamente relacionadas às artes ou não. O curador geral comemora também o número de participantes nas 47 oficinas. Foram cerca de 760 alunos matriculados e mais de 900 certificados emitidos (alguns estudantes fizeram mais de um curso). Este ano, a organização do Festival de Inverno reduziu o valor da matrícula e dobrou, de 100 para 200, o número de vagas em alojamentos de Diamantina, a preços simbólicos. Isto estimulou a participação dos estudantes, já que um dos obstáculos é o custo com hospedagem em hotéis e pousadas. Mesmo assim, a rede hoteleira da cidade teve ocupação superior a 80% nas duas semanas do festival, segundo dados da prefeitura. Enquanto curte a saudade do evento deste ano, a organização já começa a preparar, nas próximas semanas, o 40ª Festival de Inverno da UFMG, que continua em Diamantina, em 2008. Confira, aqui, as notícias do Festival de Inverno de 2007.
A ponte criada pelo festival tornou mais próximos, também, os participantes do evento e a população local. Os destaques foram as aulas abertas, que levaram as oficinas às ruas da cidade, e os serviços de saúde prestados pela UFMG aos moradores de Diamantina, sobretudo os da periferia. “A cidade participou efetivamente do festival”, declara Fernandino. De acordo com o curador geral, essa aproximação é construída desde 2000 e atingiu, este ano, seu melhor momento. Em 2008, a idéia é levar adiante o projeto, com o aumento do número de aulas abertas. “A grande proposta para o ano que vem é a ampliação da relação com a cidade”, diz Fernandino.