O curso de Terapia Ocupacional da UFMG é o primeiro da área no Brasil selecionado pelo Ministério da Educação para implantar um grupo de trabalho vinculado ao Programa de Educação Tutorial (PET). Coordenado pela professora Márcia Bastos Rezende, vice-diretora da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, o grupo vai trabalhar com temas ligados à metodologia de ensino e pesquisa em terapia ocupacional. O grupo da TO é um dos 47 escolhidos pelo MEC para se juntar aos 326 que compõem a rede do Programa de Educação Tutorial. A professora Márcia Rezende, que atuará como tutora, explica que a equipe inicialmente será formada por quatro bolsistas a serem escolhidos ainda este mês por meio de seleção. Um edital definirá os critérios do processo seletivo. “A intenção é escolher alunos com rendimento semestral global acima da média. E para permanecer no programa, eles precisam manter esse desempenho ou melhorá-lo”, explica. A preferência recairá sobre alunos de períodos iniciais – preferencialmente do terceiro – para permitir que eles continuem vinculados ao programa até o final do curso. Maturidade acadêmica Sua expectativa se baseia, principalmente, na experiência de outro grupo PET formado na Unidade, que atua na área de lazer. “Temos notícia de que os alunos que passaram pelo programa tem uma formação mais consistente e se encaixam melhor nas áreas de pesquisa e pós-graduação”, argumenta a professora Márcia Rezende. O grupo da Terapia Ocupacional inicia suas atividades em setembro. Além dos quatro bolsistas, o MEC financia a bolsa do professor-tutor e oferece ajuda financeira para a montagem de uma infra-estrutura de trabalho. O grupo também deverá receber o reforço de alunos voluntários. Além dos grupos voltados para a área de lazer e terapia ocupacional, a UFMG possui outros oito grupos PET nas áreas de agronomia, matemática, filosofia, ciências sociais, economia, administração, arquitetura e engenharia elétrica.
Segundo a professora, os grupos PET se caracterizam por abrigar alunos que precisam comprovar uma ampla visão acadêmica e que sejam capazes de estabelecer interfaces entre o ensino, a pesquisa e a extensão. “Certamente esse grupo será uma referência para o nosso curso e vai ajudar na formação de outros grupos”, projeta a professora.