O orçamento de R$ 67 milhões destinado à assistência estudantil das universidades federais brasileiras em 2008, definido com base na negociação estabelecida entre a Associação Nacional dos dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Ministério da Educação, prevê um repasse da ordem de R$ 4 milhões para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Hoje o reitor da UFMG, professor Ronaldo Tâdeu Pena, explicou que a liberação da verba, ainda sujeita a aprovação no Congresso Nacional, permitirá que o esforço para a arrecadação de recursos via Fundação Mendes Pimentel (FUMP) a partir da contribuição ao fundo de bolsa feita pelo estudante classificado como não-carente, seja amenizado. O reitor conta que em 2007, a FUMP obteve uma arrecadação de R$ 10 milhões, dinheiro usado para cobrir as despesas com moradia, saúde e alimentação, principais pilares da assistência social oferecida pela UFMG a seus alunos carentes. "Se recebermos os R$ 4 milhões do Ministério da Educação, precisaremos arrecadar apenas R$ 6 milhões em 2008. Isso permitirá reduzir de R$ 180 para R$ 108 o valor atual da taxa de contribuição dos estudantes", calcula. A manutenção do valor da contribuição em R$ 180 pode ser outro caminho a ser trilhado, sendo direcionado à ampliação ou intensificação das iniciativas assistenciais. "Qualquer que seja a decisão, ela será construída a partir de reuniões com o Conselho Universitário e após já termos recebido o repasse da verba", antecipa. Criada dois anos após a inauguração da UFMG, a FUMP completa agora 78 anos e tem sua gestão sob o comando da Reitoria. Os recursos da fundação são destinados à assistência social, cobrindo os gastos da Universidade com moradia, refeitório e bolsas de manutenção dos seus alunos carentes. A existência da fundação consta no Estatuto da UFMG, assim como a exigência da contribuição ao fundo de bolsa por parte do aluno não-carente, paga no ato da matrícula.