A Associação Profissional dos Docentes da UFMG (Apubh) entregou hoje, ao reitor Ronaldo Tadêu Pena, um documento com a análise da entidade sobre o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), do Ministério da Educação. No texto, a Apubh faz críticas à proposta da UFMG para se adequar ao Reuni. Na avaliação do presidente da Apubh, Robson Mendes Matos, a proposta da UFMG contempla apenas a expansão da universidade, e não a reestruturação, como prevê o programa do MEC. Ele disse também que, no documento da universidade, não está claro como a instituição irá aplicar os recursos federais e como será o aproveitamento de alunos de pós-graduação como docentes, mediante a concessão de bolsas. Matos reclamou, ainda, da falta de debates para a elaboração da proposta da UFMG sobre o Reuni. O reitor Ronaldo Pena contestou as críticas e deu exemplo de diversas reuniões sobre o assunto, das quais ele e outros integrantes da Reitoria participaram. “A discussão é ampla, é uma discussão acadêmica, e está ocorrendo”, afirmou o reitor. A vice-reitora Heloísa Starling, que participou do encontro para a entrega do documento da Apubh, disse que a expansão já contempla uma reestruturação da universidade, para atender novos alunos e novas demandas da educação. Ronaldo Pena afirmou que as sugestões da Apubh e de outras entidades interessadas no assunto são bem-vindas e que a universidade está aberta a mudanças na proposta, caso elas se mostrem necessárias. Investimentos A meta do governo federal é que 30% dos jovens entre 18 e 24 anos estejam matriculados na educação superior pública até o fim desta década.
O Reuni prevê investimentos de R$ 2 bilhões, entre 2008 e 2011, na expansão e reestruturação das instituições federais de ensino superior. Entre as diretrizes do programa, estão a flexibilidade curricular nos cursos de graduação, para facilitar a mobilidade estudantil; a oferta de apoio pedagógico aos professores, para que eles tenham acesso à utilização de práticas modernas; e a adoção de mecanismos de inclusão social, com o objetivo de dar aos estudantes mais pobres oportunidade de entrada e permanência nas universidades públicas.