A UFMG deve participar de parcerias em torno de um planejamento regional multidisciplinar que beneficie a Reserva da Biosfera da Serra do Espinhaço. Conversas iniciais nesse sentido aconteceram durante a IV Semana do Turismo da UFMG, realizada esta semana no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) e no Instituto de Geociências (IGC). Promovido pelo Curso de Turismo e pela Empresa Júnior de Turismo da Universidade, o evento reuniu representantes de outras universidades, prefeituras, ONGs e do Instituto Estadual de Florestas (IEF). A Serra do Espinhaço, tema central dos debates, foi reconhecida há dois anos como "reserva da biosfera" pelo programa de cooperação científica internacional O Homem e a Biosfera – esta é uma das sete do Brasil. A área tem 3 milhões de hectares é se caracteriza pela diversidade biológica, geomorfológica e histórica. Abriga espécies endêmicas de fauna e flora e uma das maiores formações rupestres do país. As palestras e mesas-redondas levantaram questões como a necessidade de estrutura e recursos para as unidades de conservação, o potencial do turismo de aventura como vetor de desenvolvimento dessas áreas e a contribuição da universidade, através da pesquisa científica, para ampliar o conhecimento da fragilidade ambiental e, conseqüentemente, para a orientação das ações do poder público. Alunos do Curso de Turismo expuseram suas experiências em estágios dentro e fora do país e recém-formados contaram como estão enfrentando o mercado de trabalho, considerado difícil, segundo consenso dos debates, na medida em que os setores público e privado ainda desconhecem as potencialidades do profissional de turismo.