Será apresentado hoje e amanhã, dia 16, durante o Seminário Internacional de Novas Tecnologias para Prevenção e Controle da Denguee, o kit com material instrucional sobre a doença, desenvolvido pelo Nescon e a Cátedra da Unesco de Educação a Distância. Fruto de parceria entre UFMG, ministérios da Saúde e da Educação e Conselho Federal de Medicina, o material é composto pelo CD room decifra-me ou devoro-te, mais folder e fascículo explicativo com informações atualizadas sobre a epidemiologia, organização dos serviços, mitos e erros, aspectos clínicos e manejo da dengue. No mundo, existem quatro tipos diferentes do vírus da dengue. No Brasil, até o momento, circulam os tipos 1, 2 e 3. Ao ser infectada uma vez, a pessoa fica imune ao sorotipo que a contaminou, mas pode infectar-se com os demais. O vírus deixa as vítimas com dores no corpo e sintomas semelhantes aos da gripe durante uma semana. Cerca de 5% dos casos evoluem para a forma mais grave: a Dengue Hemorrágica, que pode ser fatal. As vítimas também podem morrer de desidratação caso não recebam tratamento imediato, procedimento que inclui repouso e hidratação. Vários casos exigem também internação. Epidemias Com a distribuição do kit dengue, direcionada a 260 mil médicos em todo o Brasil, mais 40 mil unidades para gestores de secretarias municipais e estaduais, além de outras instituições, espera-se reduzir a mortalidade. “Com esse material poderemos ajudar o médico a atualizar seus conhecimentos sobre a doença e melhorar a qualidade da assistência integral prestada aos pacientes”, explica Marcelo Torres, coordenador do projeto no Nescon. “Quando o médico suspeita de dengue e reconhece os sinais de alerta, ele tem como decidir a tempo as condutas terapêuticas mais adequadas”, acrescenta. O Seminário Internacional de Novas Tecnologias para Prevenção e Controle da Dengue é uma realização do Ministério da Saúde por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde. (Com informações da assessoria de imprensa da Faculdade de Medicina)
Segundo o Ministério da Saúde, desde 1986 ocorrem epidemias de dengue no Brasil, com registro de formas hemorrágicas e vários casos que evoluíram para o óbito. Nos últimos 10 anos foram notificados mais de três milhões de casos de dengue. Somente no decorrer deste ano, os números subiram 45% em comparação com o mesmo período de 2006. Até julho, foram confirmadas 438.949 infecções pelo vírus. No país a taxa de mortalidade é de 13%, índice bem superior aos 3% tolerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS.