Cerca de sessenta pessoas fizeram, na portaria da Reitoria da UFMG, uma manifestação contra a reunião do Conselho Universitário, qe neste momento vota a proposta da Universidade e sua respectiva inclusão no Reuni. De acordo com Rafael Ribeiro, coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a participação dos estudantes na realização da proposta foi muito baixa e o projeto pouco debatido com a comunidade acadêmica. “Nós queremos que o Conselho escute a voz dos estudantes”, explica. A Reitoria defende que todas as partes interessadas foram ouvidas. De acordo com a professora da Faculdade de Medicina, Ana Lúcia Starling, assessora especial para a área de Saúde, uma das integrantes da equipe encarregada de debater o tema, aconteceram cerca de 70 debates, com a participação de representantes dos estudantes e demais categorias. (Leia matéria na íntegra). Unanimidade O reitor da UFMG, Ronaldo Tadêu Pena, também destacou que a elaboração da proposta se deu de forma democrática. “Acredito que conseguimos construir, juntamente com a participação de muitos segmentos da comunidade universitária, um projeto adequado à UFMG”, declarou. Em entrevista concedida ao portal de notícias, na semana passada, o reitor enumerou as etapas que antecederam a aprovação do projeto, aprovado por unanimidade pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).
Os manifestantes tentaram sensibilizar os membros do Conselho, 58 ao todo, com apitaços, palavras de ordem, palmas e fogos de artifício. Vários cartazes foram colados ao redor do prédio e panfletos distribuídos para alunos e servidores da UFMG. Os estudantes que integram a manifestação consideram a proposta inadequada para a UFMG e que o aumento da verba assegurada pelo governo não trará benefícios à Instituição. “Com o aumento do número de alunos, a verba que iria melhorar a infra-estrutura do campus será usada apenas para sua adequação à nova realidade. Assim, a UFMG será sucateada pelo Reuni”, argumentou Rafael.