As transmissões da TV digital no Brasil começarão, oficialmente, no dia 02 de dezembro deste ano. O sistema analógico usado hoje, porém, será desativado apenas em junho de 2016. O cronograma foi estabelecido pelo Ministério das Comunicações e consta de decreto presidencial. O primeiro local a receber o sinal digital será a região metropolitana de São Paulo. Para Belo Horizonte, a previsão é de que o recebimento do sinal digital se dê ao longo do ano de 2008. Até dezembro de 2009, a nova tecnologia chegará a todas as capitais, e até 2013, a todos os municípios brasileiros. Até 2016, ou seja, durante nove anos, será possível continuar com o aparelho de televisão atual, já que as transmissões analógica e digital serão simultâneas. Nos aparelhos mais novos, será possível usar um conversor para receber o sinal digital. A partir de julho de 2013, o Ministério das Comunicações outorgará somente a exploração do serviço em tecnologia digital. Universidades federais Com esses equipamentos, as Ifes poderão compartilhar a programação das TVs universitárias no padrão tecnológico digital da TV Brasil - emissora pública do governo federal criada oficialmente na primeira quinzena de outubro e que deverá estar no ar até o fim desse ano. A nova emissora terá cinco canais, entre eles um educativo, sob a responsabilidade do Ministério da Educação. Parte da programação do canal educativo será voltada para a educação a distância e a outra parte, produzida pelas universidades federais. Durante encontro com o Grupo de Trabalho para Implantação da RedeIfes, em Brasília, no dia 11, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins, disse que as universidades serão parceiras da TV Brasil, que está vinculada a sua pasta. TV UFMG "O projeto RedeIFES é a permuta de programas de televisão, que também deverá, em uma segunda fase, integrar as rádios, entre as Universidades Federais e as demais Universidades Públicas, de forma democrática, dinâmica e descentralizada", explica Marcílio Lana, integrante da RedeIFES e diretor-assistente da Diretoria de Divulgação e Comunicação Social da UFMG. "As universidades públicas podem ter, a partir de agora, acesso ao que é produzido em todo o país e juntas podem exibir uma melhor grade de programação em suas cidades, atendendo as necessidades e os interesses regionais", completa. Esta rede é um projeto de pesquisa registrado e gerenciado pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. A fase atual é testes com as universidades colaboradoras e parceiras desta idéia: UFMG - UFRGS - UFRN - UNB - UFFRGS. A nova tecnologia permitirá imagem em alta definição (HDTV), com resolução de até 1.920 X 1.080 pixels, semelhante à do cinema (a resolução atual da TV é de 720 X 468 pixels). A TV digital, de forma mais ampla, também terá recursos interativos e de inclusão digital, além de serviços que já funcionam na internet, como envio da declaração do Imposto de Renda. (Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República)
O futuro chegará primeiro às Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), uma vez que o governo federal liberou, por meio da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (Sesu/MEC), a compra de 58 kits para dotar as Ifes de equipamentos que possibilitam a conversão de programas de televisão para o sistema digital.
A troca de programas entre as TVs universitárias será feita na RedeIfes, infovia que já permite o intercâmbio gratuito e rápido de imagem e som entre as universidades, por meio da Rede Nacional de Pesquisa (RNP). A TV UFMG participa da rede, que tem o objetivo de democratizar o acesso à informação e, atualmente, exibe um programa de televisão, Scientia, produzido pela pela TV da UFPR (Universidade Federal do Paraná). Também integra e já exibe programas por meio da RedeIFES a TVUFRGS.