Um grupo de professores da Faculdade de Medicina inicia amanhã, dia 10, um estudo de campo com o objetivo de medir, nas crianças nascidas em 2005, a efetiva cobertura das vacinas que compõem o Calendário Básico de Vacinação da Criança, recomendado pelo Ministério da Saúde (MS). A pesquisa está sendo realizada pelo MS e pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) em todas as capitais do País, devido à importância de se conhecer a real situação da vacinação nas grandes cidades para a efetiva promoção da saúde pública brasileira. Em Belo Horizonte, a pesquisa prevê a visitação a 1.050 crianças, em vários bairros da Capital, escolhidos por sorteio. O responsável pela criança será convidado a participar do processo, deverá apresentar o cartão de vacinação da mesma e responder a um questionário. Risco A professora esclarece que a entrevista é rápida e as informações colhidas são fundamentais para avaliar se as crianças foram realmente vacinadas com doses válidas, ou seja, de acordo com as recomendações de idade e intervalos entre doses. Quanto maior o número de pessoas protegidas pelas vacinas, menores as chances de que ocorram epidemias e outras doenças evitáveis por vacinação. A coordenadora chama atenção para o fato de que o êxito do inquérito depende do apoio da população. “As entrevistas começam no dia 10 de novembro e continuam durante quatro finais de semana, até serem visitadas todas as famílias selecionadas”, informa, pedindo que os entrevistados recebam os pesquisadores da UFMG e forneçam as informações solicitadas. (Com dados da assessoria da Faculdade de Medicina)
Segundo a professora Elisabeth França, do Grupo de Pesquisas em Epidemiologia e Avaliação em Saúde (Gpeas), do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina, uma das coordenadoras da pesquisa em BH, os distintos levantamentos de cobertura feitos dentro do município nem sempre são detectados pelos registros de rotina. "Essa situação representa um risco de acúmulo de crianças suscetíveis a agentes infecciosos”, diz.