Os estudantes de Minas Gerais tiveram o melhor desempenho geral na 3ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). Os mineiros concorreram com alunos de escolas de todo o país e conquistaram 798 das 3 mil medalhas (26,6% do total), das quais 69 de ouro, 169 de prata e 560 de bronze. São Paulo, segundo colocado, ficou com 723 medalhas (57 de ouro, 138 de prata e 528 de bronze). O resultado completo está no site do evento. A divulgação dos resultados e a premiação foram hoje, 12 de dezembro, no Ministério da Ciência e Tecnologia, em Brasília. A UFMG coordena a Regional Belo Horizonte da olimpíada, que compreende os 34 municípios da região metropolitana da capital, mais Sete Lagoas, Divinópolis e Pará de Minas. “A olimpíada é importante porque aproxima a universidade pública do sistema público de educação básica e gera uma motivação muito grande para professores e alunos estudarem matemática”, afirma Seme Gebara Neto, coordenador da Regional BH. Gebara, que é professor do Departamento de Matemática e diretor para Assuntos Estudantis da UFMG, destaca que 81% das escolas públicas mineiras se inscreveram na olimpíada. Primeiros O Colégio Técnico do Centro Pedagógico da UFMG (Coltec) teve dez alunos na final da olimpíada, disputada em 20 de outubro. Cinco foram premiados: Eduardo Rodrigues de Oliveira e Daniel Araújo Salviano (ouro); João Francisco Cristeli do Vale e Bruno Martins de Oliveira Maia (prata); e Rafael César Nolasco (bronze). Bolsa Em todo o país, o total de estudantes inscritos na 3º Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas foi de cerca de 17 milhões, sendo 1,9 milhão de Minas. A Obmep é promovida pelos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, em parceria com o Impa e a Sociedade Brasileira de Matemática.
Além do bom desempenho geral, Minas teve os primeiros colocados nacionais nos níveis 1 (6ª e 7ª séries do ensino fundamental) e 2 (8ª e 9ª séries do ensino fundamental) da olimpíada. André Macieira Braga Costa, do Colégio Militar de Belo Horizonte, foi o grande vencedor no Nível 1, e Islam Eloirrano Carvalho, da Escola Estadual de Uberlândia, ficou na melhor colocação no Nível 2. O Nível 3 (ensino médio) teve como primeiro colocado Lúcio Eiji Assaoka Hossaka, da Universidade Federal Tecnológica do Paraná.
Todos os 3 mil medalhistas recebem, por um ano, bolsa de iniciação científica júnior, no valor de R$ 100 mensais, concedida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).