A UFMG acaba de receber os primeiros recursos para iniciar as obras de infra-estrutura que darão suporte à implantação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Os cerca de R$ 8,5 milhões foram depositados na conta da Universidade em 28 de dezembro, último dia útil de 2007. “Trata-se de uma sinalização extremamente positiva. Ela mostra que o governo está disposto a financiar a expansão das universidades federais”, afirma a professora Ana Lúcia Pimenta Starling, assessora especial para o Reuni. Segundo ela, em conversa com o reitor Ronaldo Pena mantida esta semana, o ministro da Educação, Fernando Haddad, informou que este recurso representa quase 70% de toda a verba que a UFMG receberá em 2008 – cerca de R$ 13 milhões. O dinheiro será usado pela UFMG para preparar a infra-estrutura física que viabilizará a expansão de sua graduação, com destaque para a construção dos Centros de Atividades Didáticas (CADs), dotados de salas de aulas, laboratórios e ambientes especiais de ensino. Só em 2009, a UFMG abrirá 1.261 vagas distribuídas em 33 cursos – 19 novos e 14 ampliações. Espera-se que até abril os projetos de criação desses cursos estejam finalizados. Ao todo, o Reuni vai gerar, na UFMG, 2.101 vagas no Vestibular, sendo 1.455 no turno noturno. Assim, as matrículas na graduação passarão das atuais 25.500 para cerca de 32 mil em 2012. Aprovada pelo Ministério da Educação no mês passado, a proposta da UFMG contempla 41 projetos de cursos, dos quais 30 são inéditos. Para financiar sua expansão, a UFMG receberá cerca de R$ 85 milhões para investimentos, além de uma dotação progressiva para custeio que chegará a R$ 100 milhões anuais quando o projeto estiver totalmente implantado. Quadro nacional
Outras 41 universidades que aderiram ao Reuni também receberam recursos do governo federal, totalizando R$ 250 milhões. O Ministério da Educação projeta um grande salto para a educação superior púbica com a implantação do Reuni, cuja conclusão está prevista para 2012. A expectativa é de que o sistema federal absorva 300 mil novas matrículas, eleve sua taxa de diplomação para 90% e atinja a relação de 18 alunos de graduação para cada professor.