A UFMG recebeu do Comando da Polícia Militar de Minas Gerais a informação de que o patrulhamento preventivo volta a ser feito no campus Pampulha. O patrulhamento estava suspenso pela PM desde o episódio que envolveu estudantes e policiais nas proximidades do Instituto de Geociências (IGC), no dia 3 de abril. A presença da Polícia Militar no campus, em caráter preventivo, é prevista em convênio com a Universidade que vigora há doze anos. A decisão de solicitar à PM a volta do patrulhamento preventivo, que foi retomado no campus Pampulha nesta segunda-feira, pela manhã, foi iniciativa da Reitoria e objeto de consulta ao Conselho Universitário da UFMG, que se reuniu na quinta, 17 de abril. A proposta foi aprovada por 32 votos favoráveis e três abstenções. O reitor Ronaldo Pena e a vice-reitora Heloisa Starling entenderam que a questão era de competência do Conselho. Segundo o reitor da UFMG, o Conselho mostrou entender que o patrulhamento deve ser mantido na forma como sempre foi feito. “Isso é fruto da compreensão de que o campus Pampulha não está afastado do mundo real e que há questões de segurança, das pessoas e do patrimônio, com as quais não temos preparo para lidar”, disse Ronaldo Pena. Ele ressaltou que a comunidade tem manifestado o desejo de que se estude uma revisão no convênio. “Poderá haver alterações quanto a alguns aspectos, mas o patrulhamento preventivo é necessário”, completou o reitor, que telefonou também para o vice-governador do estado, Antonio Augusto Anastasia, a quem comunicou a iniciativa de procurar a PM. Manifestos contra a violência Em comunicado oficial, a Congregação da Faculdades de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG repudiou qualquer forma de "violência e cerceamento das liberdades democráticas, notadamente o direito de livre expressão". O diretor da faculdade de Odontologia, Evandro Neves Abdo, enviou mensagem em que manifestou solidariedade ao reitor e à vice-reitora da Universidade, e elogiou o "espírito institucional de todos os membros do Conselho Universitário". Clique para ter acesso à íntegra das manifestações da Congregação da Fafich e do diretor da Faculdade de Odontologia. Outras informações:
O tumulto em torno da exibição do filme Grass / Maconha por um grupo de estudantes no prédio do IGC terminou com a entrada da PM no campus, um estudante preso e dois encaminhados ao pronto-socorro João XXIII. O episódio gerou protestos dos alunos da UFMG – que culminaram com a ocupação do prédio da Reitoria por quatro dias –, a instauração de uma comissão interna de sindicância e manifestações oficiais – da Reitoria, do Conselho Universitário, de unidades acadêmicas e agremiações de estudantes – contra os excessos que marcaram a intervenção dos policiais e em favor da necessidade da apuração rigorosa dos fatos ocorridos no IGC.
Reitoria divulga comunicado sobre o fim da ocupação dos estudantes
Conselho Universitário divulga moção e repudia violência
Estudantes aprovam desocupação do prédio da Reitoria
Reitor da UFMG faz nova audiência pública com estudantes
Reitor nomeia comissão de sindicância
Reitor da UFMG se reúne com estudantes no início desta tarde
Reitor diz esperar bom senso dos estudantes que mantêm a ocupação da Reitoria
Em reunião de sete horas, Conselho Universitário discute violência contra estudantes
Conselho Universitário está reunido para discutir ação da PM no campus
Estudantes fazem assembléia para formalizar propostas ao Conselho
NOTA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA
Conselho Universitário faz reunião para discutir entrada da PM no campus
Estudantes decidem pela ocupação do prédio da Reitoria
Termina reunião do reitor com estudantes, que fazem assembléia
Reitor discute ação da PM com estudantes da UFMG
Estudantes continuam no prédio da Reitoria
Estudantes realizam manifestação no campus Pampulha
Reitoria cria comissão para apurar presença da PM no Instituto de Geociências
COMUNICADO DA REITORIA À COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA