O ministro Paulo Vannuchi (ao centro) visitou monumento que homenageia estudantes mortos pela ditadura militar |
O ministro-chefe da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannuchi, está reunido nesta manhã com a vice-reitora Heloísa Starling e com a equipe do Projeto República da UFMG para discutir o lançamento de versão eletrônica do livro Direito à Memória e à Verdade, que recupera a trajetória de 479 militantes políticos vítimas da ditadura militar durante o período de 1961 a 1988. A intenção é transpor o conteúdo do livro para CD-ROM e gerar uma versão que possa ser baixada da Internet. Segundo o ministro, a publicação eletrônica deverá ser acompanhada de pesquisas de contextualização histórica. “Pretendemos, por exemplo, incluir informações sobre o teatro, a música e a produção artística, compondo assim todo um contexto de época”, anunciou Vannuchi. Lançado em agosto de 2007, Direito à Memória e à Verdade é resultado de 11 anos de trabalho da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos do governo federal. Sobre cada militante, o livro traz a antiga versão para o que supostamente ocorreu com os desaparecidos e uma nova versão oficial, consolidada depois da pesquisa realizada pela comissão. Monumento Antes de embarcar para São Paulo, no início da tarde, o ministro almoça com representantes de projetos de direitos humanos desenvolvidos na UFMG.
Antes da reunião, o ministro Vannuchi visitou o monumento Liberdade, no gramado da Biblioteca Universitária. Ele é materializado por quatro troncos cortados que homenageiam quatro estudantes da UFMG mortos pela ditadura militar: Gildo Macedo Lacerda, Idalísio Soares Aranha Filho, José Carlos Novaes Mata Machado e Walkíria Afonso Costa. Inaugurado em 2004, o monumento foi concebido pelo professor e artista plástico Fabrício Fernandino, que acompanhou o ministro e a vice-reitora Heloísa Starling durante a visita.