Foi aprovado, em segundo turno, ontem, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, o projeto de lei 1640/07, de autoria do Executivo, que beneficia o Parque Tecnológico (BHTec). O projeto propõe que os parcelamentos de terras públicas sejam dispensados de transferir percentual para o município, se atenderem a condições como reservar e manter área de preservação permanente no perímetro do terreno. O projeto de lei passa, agora, por redação final e, em cinco dias úteis, será encaminhado ao prefeito para sanção e publicação. A lei vai permitir a continuidade do BHTec. O terreno do Parque, na avenida Carlos Luz, cedido pela UFMG por 30 anos, será dividido em lotes e a construção do edifício institucional terá início após licitação. O projeto foi aprovado em primeiro turno em 6 de maio, por unanimidade. A votação em segundo turno teve sucessivos adiamentos por falta de quorum. O presidente do BHTec e professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, Clélio Campolina, explica que isso não significa um boicote ao Parque: “Existem vários projetos polêmicos na Câmara, que estão sendo negociados com o Executivo. O projeto 1640/07 foi usado nessa negociação". A licitação para a construção do edifício institucional está aberta e será finalizada em cerca de dois meses. A previsão é que o prédio de oito mil metros quadrados, orçado em 20 milhões e 40 mil reais, comece a ser erguido em agosto. Os recursos para a unidade institucional são do governo do estado, e o Parque conta também com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia (Finep/MCT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig). O Parque Tecnológico de Belo Horizonte é uma iniciativa conjunta da UFMG e da Prefeitura de Belo Horizonte, com a parceria do governo do estado, da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-MG).