Fernando Ruiz |
Marcílio Lana, de Cartagena das Índias (Colômbia) – A ministra da Educação Nacional da Colômbia, Cecília Maria Vélez, e a diretora do Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior (Iesalc), Ana Lúcia Gazzola, anteciparam, no início da tarde desta sexta-feira, 6 de junho, último dia Conferência Regional para a Educação Superior (CRES 2008), as bases do documento final da Conferência. O texto será apresentado para em plenária para os participantes da CRES 2008 hoje, às 16h30 (horário loca), no auditório Getsemani do Centro de Convenções e de Exposições de Cartagena das Índias. Integram o documento a necessidade de uma maior integração regional, nos campos da investigação científica e da formação de recursos humanos qualificados; a adoção de instrumentos que promovam a inclusão social (de gênero, étnica e dos deficientes); o crescimento dos sistemas de educação superior em cada país, não em número, mas em formas alternativas, como a educação a distância, capazes de cumprir a missão de democratizar o conhecimento; o estímulo à cooperação, entre os diversos segmentos sociais, destinada à estimular a efetiva transferência do conhecimento para a sociedade; e a implementação de efetivos instrumentos de cooperação com o Primeiro Mundo, a fim de evitar a migração predatória de “cérebros” (transferência de alunos e profissionais para os países desenvolvidos). De acordo com a diretora do Iesalc, que também acumula a presidência da CRES 2008, Ana Lúcia Gazzola, a declaração se transformará em instrumento político de ação junto aos governos. “Após aprovada a declaração final da CRES 2008, vamos produzir um plano de ação que buscará mecanismos para alcançar as metas estabelecidas durante os três dias de debates e reflexões em Cartagena das Índias”, destacou a ex-reitora da UFMG. Para a ministra da Educação Nacional da Colômbia, Cecília Maria Vélez, a CRES 2008 é um marco e a declaração final vai refletir uma necessidade urgente: a de que os países da América Latina e do Caribe atuem em bloco, em redes integradas. “E acredito que o Iesalc tem um papel fundamental, junto aos governos e à sociedade, de catalisador. A atuação do instituto da Unesco será fundamental para que convertamos nossas idéias em ações efetivas”, declarou.