O reitor da UFMG, Ronaldo Tadeu Pena, coordenou a mesa-redonda Programas, projetos e ações federais para a formação de professores: respostas a uma demanda urgente, a primeira do IV Seminário do Reuni, que começou na manhã de hoje, em Belo Horizonte. Na mesa foram apresentadas as ações do Ministério da Educação (MEC) na ampliação da formação de professores para a educação básica, realizadas no ensino superior, profissionalizante e tecnológico. O secretário de Educação à Distância do MEC, Carlos Bielschowsky, abriu as exposições, apresentando o Plano de Ações Articuladas (PAR), um esforço do Ministério de comprometer os governos federal, estaduais e municipais em atuações conjuntas para melhorar a escola pública brasileira. Até agora, aderiram ao PAR todos os estados, o Distrito Federal e 5.400 municípios. De acordo com Bielschowsky, apenas 30 municípios ainda não estão integrados ao plano. O PAR é composto por 52 indicadores que revelam a complexidade das escolas. Eles foram agrupados em cinco eixos: Gestão Educacional; Formação de Professores; Prática Pedagógica e Avaliação; e Infra-estrutura. Tema do IV Seminário do Reuni, a formação de professores para o ensino básico começa, segundo o plano do MEC, pelos cursos de formação continuada. O Ministério criou cursos à distância e também são oferecidas especializações pelos governos e universidades estaduais. A segunda etapa, para Bielschowsky, é a especialização dos professores em áreas. As maiores necessidades, segundo levantamentos realizados pelo MEC como o Educacenso, são nas áreas de Matemática, Física, Química e Biologia. Expansão
Além das universidades, os centros e institutos federais de formação tecnológica também estão envolvidos na formação de professores de educação básica, segundo o secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Eliezer Moreira Pacheco. De acordo com ele, a oferta de vagas em licenciatura na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica vai aumentar das atuais 2.450 para 10.900 vagas oferecidas no segundo semestre de 2010, especialmente nas áreas de Física, Química, Matemática e Biologia. Os cursos de licenciatura vão passar de 46 para 325 no mesmo período. Até o primeiro semestre de 2014, espera-se o crescimento de 3.297% das matrículas projetadas.