O cineasta norte-americano David Lynch, de Veludo Azul (1986 / 120 min) e O Homem Elefante (1980 / 124 min), pratica meditação transcendental duas vezes ao dia, há 35 anos. Segundo ele, o hábito ajuda a expandir a consciência, aumentando a criatividade e levando à felicidade. Autor de obras consideradas densas e obscuras, Lynch afirma que não há nisso qualquer paradoxo. "Sofrimento e felicidade se combinam em qualquer história. Meus filmes refletem o mundo, que é hoje escuro e problemático. O artista não precisa ser infeliz para mostrar sofrimento", disse David Lynch, que falou hoje, no início da tarde, a jornalistas, no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte. Ele está no Brasil para lançar o livro Em Águas Profundas: Criatividade e Meditação, e faz amanhã, às 10h45, no auditório da reitoria da UFMG, a conferência Consciência e Processo Criativo tem entrada franca. A palestra, que integra o ciclo Sentimentos do Mundo, terá transmissão on-line. Como o espaço dispõe de apenas 270 lugares, cerca de 400 cadeiras serão colocadas no mezanino, onde serão instalados telões.