A Cia. Luna Lunera apresenta nesta quarta, dia 1º, no auditório da Reitoria, o espetáculo Aqueles dois, sobre conto homônimo de Caio Fernando Abreu. A sessão, com início excepcionalmente às 13h – não será permitida a entrada com o espetáculo em andamento –, terá entrada franca e será liberada para maiores de 16 anos. A história aborda o desenvolvimento, na rotina de uma repartição pública, de laços de cumplicidade entre dois de seus novos funcionários, o que gera incômodo nos demais. Os criadores e diretores de Aqueles dois são Cláudio Dias, Marcelo Souza e Silva, Odilon Esteves e Rômulo Braga e José Walter Albinati. Os quatro primeiros compõem o elenco da peça. O evento é realizado em parceria com a I Semana Universitária de Diversidade Sexual (veja programação em www.guddsmg.wordpress.com) e integra a série Quarta Doze e Trinta, que tem promoção conjunta da Diretoria de Ação Cultural (DAC) e da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC). Muitas leituras Tanto o texto como o espetáculo possibilitam uma diversidade de leituras e percepções sobre o universo “daqueles dois”. Cenário, figurino, música e texto explicitam uma simultaneidade abrangente a várias décadas, caminhos que os quatro atores percorrem como narradores ou sugerindo a presentificação das cenas e ambiências. O jogo textual e corporal entre atores, espaço e objetos é o esteio da proposta, que recebeu influência dos temas deflagradores do início da experiência do Observatório de Criação, que põe à mostra os novos processos criativos da Cia. Luna Lunera. Os objetivos principais do Observatório são a intensificação do treinamento dos atores do grupo, o aproveitamento interno de seus membros nos exercícios de direção, dramaturgia e preparação de atores.
O conto foi publicado pela primeira vez em Morangos mofados (Brasiliense, 1982) e integra a Os cem melhores contos brasileiros do século (curadoria de Italo Moriconi, Objetiva, 2000). Traz, como praticamente toda a produção literária de Caio Fernando, múltiplas menções a artistas e obras diversas, locações urbanas, letras de músicas e filmes – o autor mistura sem pudores seus universos biográfico e ficcional.