O Congresso Internacional Dois Imortais: Machado de Assis e Guimarães Rosa foi encerrado ontem no campus Pampulha sob o signo da convergência entre temáticas dos dois consagrados autores. “O objetivo do Congresso foi não só refletir sobre a contribuição que esses grandes escritores deixaram para a nossa literatura, a partir de sua renovação estética, mas também pensar na herança que deixaram para a cultura, história e política brasileiras”, explica a professora da Faculdade de Letras (Fale) da UFMG Marli Fantini Scarpelli, presidente da organização do Congresso. “Eles alçaram a nossa literatura a patamares internacionais, porém sem perder de vista as características locais e conciliando nossas peculiaridades nacionais. Ambos tiveram em sua formação, uma tradição profunda de leitura erudita, mas se mostravam abertos a tudo o que havia de novo. Assim, conseguiram estabelecer diálogos entre a lingua culta e a língua popular e rural, o local e o universal e o tradicional e o novo”, acrescenta. Durante os quatro dias de congresso, 400 pessoas participaram de mesas-redondas, espetáculos artísticos, conferências e mesa de comunicações, em que exploraram a interface temática e estética entre os dois escritores. O evento é uma realização do Núcleo de pesquisa de literatura, memória e cultura (Mescla), do Centro de Estudos Literários (CEL) e do Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários da Faculdade de Letras.