Com 382,1 pontos, a equipe Uai-Sô-Fly, composta por 16 alunos de Engenharia Mecânica da UFMG cuja maioria tem formação com ênfase em aeronáutica, conquistou a maior pontuação na categoria classe regular da X Competição SAE Brasil Aerodesign, que terminou no último domingo, 19 de outubro, em São José dos Campos (SP). O evento contou com participação de 69 equipes de 15 estados brasileiros e Distrito Federal, além de México e Venezuela. Com a vitória, a equipe, coordenada pelo professor Paulo Iscold, está classificada para participar da SAE Aerosign East Competition, disputa mundial que será realizada em abril do próximo ano, nos Estados Unidos. Até lá, a Uai-Sô-Fly terá que projetar um novo avião, já que as regras dessa etapa são diferentes. Na fase realizada no Brasil, além do tipo de motor, outros pré-requisitos que devem ser atendido se referem ao tamanho da envergadura da asa e de empenagem, ao comprimento e à altura do avião que não podem ultrapassar 6,35 metros. Na final, essa medida é reduzida a 175 polegas, aproximadamente 4,45 metros. Participantes da SAE Brasil Aerodesign desde a primeira edição, em 1999, a equipe da UFMG já esteve presente nesta última fase da competição e, em 2006, conquistou o primeiro lugar. O avião projetado, denominado George, foi desenvolvido a partir do segundo protótipo criado pelos estudantes, em fevereiro deste ano, e foi considerado o melhor projeto. Nos testes de vôo, foi considerado também o melhor em eficiência estrutural, peso vazio da aeronave, capacidade de peso carregado - 12,2 quilos de chumbo transportados por um avião de 3,19 quilos – e distância de decolagem, de 30,5 metros. O mérito, segundo um dos membros da Uai-sô-Fly, Fernando Araújo, está ligado ao flap, dispositivo desenvolvido pela equipe que permite decolagens em pistas mais curtas. “Testamos o vôo com o flap e sem ele e registramos uma diferença significativa de cerca de 800 gramas de carga”, disse. Além disso, os estudantes ganharam no quesito de apresentação oral. Ocupa o segundo lugar a Keep Flying, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), seguida pela 100 Limites, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA).