O projeto de extensão Rádio Educativo, desenvolvido por estudantes de comunicação social, é um dos trabalhos que estão sendo apresentados na Praça de Serviços, neste terceiro dia da Semana de Conhecimento. Orientado pelo professor Fábio Martins, o projeto tem o objetivo de provocar mudanças no contexto escolar, utilizando o rádio como ferramenta didática e de inclusão social. Alunos de escolas estaduais, principalmente de 7ª e 8ª séries, são convidados, no período da tarde, a produzirem programas radiofônicos. Além do fazer radiofônico, os alunos aprendem um pouco da história do rádio e trabalham a redação e a oralidade. Os temas dos programas são escolhidos pelos próprios alunos, mas devem estar vinculados ao conteúdo das disciplinas de sua série ou a aspectos da sua comunidade. “O mais gratificante é perceber o interesse dos alunos. Mesmo sendo uma atividade voluntária, complementar ao horário de aula, eles participam ativamente. São alunos carentes, às vezes com condições precárias de aprendizado, e, na rádio, eles melhoram consideravelmente a escrita e a expressão oral”, ressalta a estudante de comunicação Carolina Vidotti, uma das bolsistas do projeto. A Rádio Educativo já envolve 14 escolas. Todas elas fazem parte do Projeto de Educação Afetivo-Sexual (Peas), iniciativa do governo de Minas Gerais que busca trabalhar a questão da sexualidade no universo escolar. Porém, os programas que estão sendo produzidos não precisam ter relação, necessariamente, com a temática da sexualidade. O governo do estado contribui ainda através da Secretaria de Educação (SEE-MG), que financia o transporte dos alunos e fornece equipamentos para a instalação da infra-estrutura. Os programas produzidos serão disponibilizados do site da SEE-MG. A equipe do projeto também pretende, se possível, veiculá-los na Rádio UFMG. Inclusão de cegos
Na segunda-feira, foi apresentado um outro projeto de extensão que utiliza o potencial de inclusão social da mídia. Trata-se da Revista Realejo, destinada a pessoas com deficiência visual. Composta de reportagens, crônicas, notas e entrevistas, a publicação usa o áudio para construir uma narrativa própria e procura contemplar da melhor forma possível a realidade de seu público-alvo. A iniciativa conta com a parceria da Coordenadoria Especial de Apoio e Assistência à Pessoa com Deficiência (Caade-MG), do Centro de Apoio Pedagógico à Pessoa com Deficiência (CAP-BH) e do Núcleo Apoio à Inclusão (NAI) da PUC Minas. A publicação tem ainda o apoio institucional da Fundep e da Pró-Reitoria da Extensão da Universidade.