Universidade Federal de Minas Gerais

Hábitos modernos exigem nova abordagem de prevenção, defende professora da Unifesp

quinta-feira, 13 de novembro de 2008, às 18h13

Crianças e adolescentes são, em geral, pouco afeitos a hábitos saudáveis. Muitos não praticam esportes, passam horas diante do computador e da televisão e mantêm uma decidida opção preferencial pela junk food – comida-lixo, em bom português. Como estimular a promoção da saúde nesse grupo etário?

Tal preocupação foi manifestada pela professora Rosana Puccini, do departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), durante o I Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG. Na tarde desta quinta-feira, dia 13, ela abordou o tema Hábitos atuais e prevenção de doenças futuras na criança e no adulto.

Para Rosana Puccini, que possui três décadas de experiência na pediatria, a abordagem voltada para a introdução de hábitos saudáveis não pode ser apenas individual. Ela passa pelo amplo envolvimento de toda uma rede social associada a crianças e jovens. “Esse trabalho tem que ser feito com a família, com a escola e em todos os espaços de convivência social”, defende a professora da Unifesp.

Em sua conferência, Rosana Puccini apresentou informações que revelam uma clara associação entre incidência de doenças e hábitos modernos. Estudos recentes mostram, por exemplo, que crianças e adolescentes expostos em excesso ao computador têm mais chances de desenvolver problemas de visão. “Se essa exposição é de seis horas diárias, a probabilidade de que o jovem tenha miopia é 50% superior à de outro que não mantém o mesmo hábito”, comparou Rosana.

Nova epidemia
A professora lembrou que o perfil de morbidade mudou ao longo do século 20. Problemas de saúde comuns em épocas passadas já não preocupam tanto. Em compensação, novas epidemias surgem com força total. Rosana traçou, por exemplo, um paralelo entre a desnutrição, flagelo nacional em décadas passadas e que apresenta queda constante nos últimos tempos, e a obesidade, que ela define como “uma epidemia moderna”. “No Brasil, cerca de 10% das crianças pré-puberes são obesas. Entre os adolescentes, esse índice sobe para 15%”, informou a professora.

A modernidade, no entanto, não trouxe apenas dores-de-cabeça, ressaltou a conferencista. Com a evolução da medicina, do sistema de atendimento e a melhoria das condições de vida propiciadas pela urbanização, vários problemas de saúde pública estão sendo vencidos, inclusive no Brasil. A taxa de mortalidade infantil, por exemplo, apresenta forte queda nos últimos tempos. Em 1997, segundo levantamento apresentado por Rosana Puccini, ela era de 31,90 mortos por mil nascidos vivos, caindo, sete anos depois (em 2004), para 22,58, redução superior a 30%. Já a expectativa de vida aumentou de 68,50 anos, em 1995, para 72,05 anos, em 2004.

Durante o segundo dia de atividades do Congresso Nacional de Saúde da Faculdade de Medicina, vários outros temas foram abordados, como a metodologia de produção de inquéritos populacionais de saúde, saúde escolar e epidemias urbanas. O evento, que termina no sábado, dia 15, reúne mais de mil especialistas de saúde e de outras áreas.

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