A fala e a fúria - a imagem do psicopata no cinema é o novo livro da professora Ana Lúcia Modesto, do Departamento de Sociologia e Antropologia da Fafich. Lançado pela Editora Argvmentvm, a obra aborda, em suas 160 páginas, a questão da proliferação e mutação dos monstros no cinema. Graduada na UFMG, com doutorado pela Unicamp em Ciências Sociais, a autora se dedica a pesquisas sobre ética social, indústria cultural, cinema, conhecimento, antropologia e o Mal. Atualmente ela é membro da Associación de Cientistas Sociales de la Religión em el Mercosur. Conforme divulgado pela Editora, A fala e a fúria aborda a " multiplicação dos seres monstruosos, em filmes que ocupam a condição de superproduções, sendo uma das características marcantes na indústria cinematográfica americana, na viragem do século 20 para o século 21. Os tipos são vários alienígenas, novas versões da figura do vampiro e de Frankenstein, o remake de clássicos do terror, como King Kong, A Múmia e A Mosca, dinossauros, seres mutantes de toda ordem, ciborgues, mortos que voltam á vida para torturar jovens durante o sono- como Freddy Krueger, de Wes Craven, na série de filmes A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, EUA, 1984) – adolescentes com forças psicológicas anormais ou vítimas de possessão demoníaca e poltergeist. A lista poderia ser completada também com a citação de seres de aparência monstruosa que se revelam nos filme, instrumentos do “bem”, como E.T de S. Spielberg, mutantes que se transformam em heróis como O Homem Aranha, e personagens híbridos que transitam nas fronteiras do “bem” e “mal”, como Darth Vader, vilão da série Guerra nas Estrelas, G.Lucas". Mais informações sobre A fala e a fúria podem ser obtidas no site www.argvmentvmeditora.com.br/novosite/index.php. Conheça também sinopses de outros livros de autores da UFMG publicados pela Editora: A idéia de justica em Schopenhauer A Idéia de Justiça em Schopenhauer aborda a filosofia do autor de O mundo como Vontade e Representação discutindo, em especial, o problema da justiça. Ensino de geografia e mídia - linguagens e práticas pedagógicas A sala de aula é um espaço no qual o processo da comunicação permite uma constante troca de significados. Com a evolução dos meios de comunicação de massa, passamos a ter uma nova forma de linguagem interagindo com o ensino da Geografia. É fundamental entender o processo de construção da notícia, pois desde a fonte até o receptor - a informação passa por várias mediações. Nessas mediações se incorporam à notícia as visões de mundo daqueles que codificam a mensagem. O texto mediático e os programas televisivos refletem apenas uma parcela da realidade. Seu aproveitamento como material didático para o ensino da Geografia requer um processo no qual o interdiscurso com o conhecimento geográfico possibilite a criação de novos espaços para novas mediações. O professor, os alunos e o conhecimento geográfico atribuirão novos significados ao material didático. É importante destacar que o grande papel da mídia não é o de simplesmente divulgar um novo produto, mas de fazer desse novo produto uma nova necessidade. Muitos professores incorporam esse novo produto ao ensino da Geografia sem os devidos cuidados, o que acaba comprometendo o seu valor. Ensinar Geografia a partir de um texto mediático nos obriga apensar o objeto e os métodos presentes no ensino dessa disciplina. No interdiscurso com a linguagem da mídia, uma Geografia fragmentada e submetida a interpretações equivocadas facilitará a superposição das veiculadas pelos grandes meios. É necessário pensar o texto mediático e ter o conhecimento geográfico como referencial na decodificação do material produzido pelos grandes meios de comunicação. A mídia possui uma linguagem própria e, portanto, é necessário formação para conviver com ela. História, Ciência e Infância - Narrativas profissionais de singularização da pediatria como especialidade Neste livro avaliamos as narrativas e os fundamentos da argumentação construídos na história e constituição da pediatria no Brasil. A análise centra-se nos principais pressupostos eleitos nos processos de seleção, justificação, fundamentação e difusão de pressupostos desse campo profissional, bem como nas narrativas históricas de emergências e constituição da pediatria como nova e diversa especialidade. Narrativas profissionais de singularização da pediatria como especialidade. A arte de curar - cirurgiões, médicos, boticários e curandeiros no século XIX em Minas Gerais Já na primeira parte deste livro, Betânia Figueiredo nos adverte que o provérbio popular “de louco e médico todo mundo tem um pouco” é adequado para a história que quer nos relatar, a das transformações da arte de curar no tempo e no espaço das Minas Gerais do século XIX. Um tempo marcado pela introdução da medicina acadêmica e científica como parâmetro moderno da prática médica, dirigida a uma sociedade que, até então, acolhia uma pluralidade de modos de intervenção sobre o corpo doente e que, dessa maneira, podia fazer com que estes convivessem com uma pluralidade de legitimações que os conectava entre si. Seguir este processo e suas tensões é o objetivo declarado deste livro. A Impostura do Mestre A quem interessa um Mestre? Assim mesmo, como M maiúsculo, lembra-nos de um que saiu de um Mestrado? Lembra-nos daquele de quando a escola era risonha e franca? Lembra-nos de Mestre dos quatro discursos de Jacques Lacan? Mas, se adicionamos a tanta nobreza a palavra impostura, com as explicações que nos dá o dicionário — artifício para iludir; embuste, intrujice; hipocrisia, fingimento; vaidade ou presunção extrema; falsa superioridade —, isso nos causa estranheza. Será o Mestre um hipócrita, um vaidoso? Origens de educação pública: a instrução na revolução burguesa do século XVIII Publicado originalmente em 1981 pela Loyola Editora. "tinha o mérito de hisoriar vários aspectos dos debates que ocorriam na educação brasileira naquele momento. Talvez seja esta radical desnaturalização do discurso pedagógico e das políticas educacionais o que mais tenha me chamado a atenção no livro. Mais, talvez, do que a própria noção de origem da educação pública", conforme observa Luciano Mendes de Faria Filho, professor de História da Educaçao da Faculdade de Educação da UFMG, sobre a obra.
Renato César Cardoso
Embora Schopenhauer não tenha sido propriamente um jusfilósofo, sua reflexão sobre o direito, ainda que esparsa, mostra grande relevância para a discussão de questões atuais neste tema. Ao abordar essa temática em Schopenhauer, este livro permite-nos uma rica análise da Filosofia do Direito em uma perspectiva diferente das abordagens, já tradicionais entre nós, de autores como Kant, Hegel, Jürgen Habermas ou John Rawls.
Vicente de Paula Leão e Inêz de Carvalho Leão
Júnia Sales Pereira
Betânia Gonçalves Figueiredo
Marcelo Ricardo Pereira
Este é um livro muito sério. Parte das queixas ouvidas a todo momento nos corredores das escolas, nos consultórios médicos e psicanalíticos, na mídia, nos confessionários: os professores estão desautorizados, desrespeitados, desvalorizados; e atravessa campos disciplinares da educação, da filosofia e da psicanálise. Não dá receitas, não oferece soluções, mas crava uma possibilidade no coração da pedagogia: situar-se em um lugar de nem tudo saber, nem tudo não saber. A questão da desautorização do Mestre interessa-nos a todos; vamos saber se há impostura ou não.
Eliane Marta Teixeira lopes
Ainda de acordo com o professor, "no momento em que ainda não completamos a construção de um sistema público de ensino de qualidade e que, sobretudo, boa parte da intelectualidade e das camadas médias brasileiras abandonaram por completo a utopia de uma escola pública que seja para todos e não apenas para os filhos dos outros, este livro tem o mérito de mostrar as tensões que marcaram os debates sobre o tema naquele que foi, sem dúvida, o momento de uma síntese fundadora dos rumos da educação pública em boa parte do mundo ocidental: a Revolução Francesa. Conforme a própria autora nos adverte, a defesa da escola pública não foi inventada pela revolução, mas é impossível entender os sistemas escolares posteriores sem compreender o percurso da discussão nos vários momentos daquele moviemnto revolucionário. Alternativas de escola pública foram construídas, imaginadas, esquecidas. Tomar consciência delas e do jogo de força do qual resultaram é fundamental para que possamos enriquecer o repertório a partir do qual pensamos a educação".