Nos dias 7 e 8 de fevereiro, o projeto Cine Centro irá apresentar, às 17h, no auditório do Centro Cultural da UFMG, o longa-metragem Manderlay. A sessão integra a programação da mostra de filmes do cineasta dinamarquês Lars von Trier. Concebido como uma sequência de Dogville, o longa mantém-se fiel à proposta estética desse filme. Manderlay foi gravado em um galpão com o mínimo de artefatos. O cenário conta com poucas mesas e paredes. Usualmente, há apenas marcações no chão indicando que ali é a casa de tal pessoa, ou que há um arbusto. Apesar das constantes referências à paisagem, o fundo é infinito, tendo constantes alterações de luz e cor que indicam mudanças de dia e noite. A história se passa após Grace e o pai abandonarem a cidade de Dogville destruída. Eles acabam, por acaso, nos portões da fazenda de Manderlay, no sul dos Estados Unidos. Lá, Grace descobre uma estrutura escravagista em pleno funcionamento, apesar de correr o ano de 1933, quando já fora abolida a escravatura. Ela se envolve então nas relações entre os empregados negros e seus patrões, apenas para descobrir que os laços que regem estas relações são bem mais complexos do que ela pensava. Ideias polêmicas Os dois cineastas apresentaram uma série de restrições quanto ao uso de técnicas e tecnologias no cinema. Também levantaram um debate ético relativo ao conteúdo das obras. Entre as regras estabelecidas no manifesto registra-se o veto aos cenários construídos e às filmagens em estúdio, a obrigatoriedade de todo o som ser produzido simultaneamente com a gravação da cena, o uso da câmera na mão e a restrição aos deslocamentos temporais. Últimos filmes da Mostra Lars von Trier 14 e 15 de fevereiro 28 de fevereiro e 1º de março
Lars von Trier nasceu em 1956, em Copenhague, na Dinamarca. Ficou conhecido após lançar, junto com Thomas Vinterberg, o polêmico manifesto Dogma 95, que estabelecia um conjunto de regras voltados para a produção de filmes mais realistas e menos comerciais.
O Grande Chefe (2006)
Os Idiotas (1998)