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O Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG, em Montes Claros (norte de Minas), negocia uma série de intercâmbios com instituições de Moçambique, país de língua portuguesa da costa oriental da África. Os primeiros contatos foram feitos pelo professor do ICA Hélder dos Anjos Augusto, que é moçambicano. Augusto passou mais de um mês, entre dezembro e janeiro, em visitas técnicas e encontros com autoridades, pesquisadores e profissionais de setor agropecuário do país africano. Um desses projetos já começa a ser articulado: um trabalho conjunto entre o ICA e o Instituto de Investigação Agrária, órgão público moçambicano. “Técnicos de lá virão a Montes Claros e professores do ICA irão a Moçambique. O intercâmbio deve acontecer ainda este ano”, afirma o professor. Segundo ele, outra instituição que está empenhada em levar professores da UFMG a Moçambique é a Universidade do Lúrio. “Querem a presença de dois ou três professores do ICA, ainda este ano, para participar de uma conferência que vai dar início a um novo curso que integra as áreas de Desenvolvimento Rural e Engenharia Florestal”, explica. Augusto acrescenta que a Universidade Católica de Moçambique também demonstrou interesse em “amadurecer essa ponte, com convites para professores brasileiros (da área de Ciências Agrárias) ministrarem disciplinas lá, em determinados períodos do ano”. Um relatório da visita a Moçambique será entregue à direção do ICA, à Reitoria e à Diretoria de Relações Internacionais (DRI) da UFMG. Convite Entre 24 de dezembro a 29 de janeiro último, período que durou a viagem, Hélder Augusto dedicou-se a visitas a universidades e empreendimentos como o Instituto de Investigação Agrária, visitas técnicas e observação de projetos agrícolas dos camponeses, e reuniões em órgãos governamentais. Além das instituições citadas, o professor do ICA fez contatos na Universidade São Tomás de Moçambique e na Universidade Mussa Bin Bique. (Com informações da Assessoria de Imprensa do ICA)
O professor Hélder Augusto viajou a convite do Ministério da Mulher e Ação Social de Moçambique, que mantém atividades com idosos, mulheres, crianças, deficientes e famílias flageladas naquele país. “Lá, a maior parte das pessoas vive no campo, e as políticas sociais estão mais voltadas para essa camada da população”, diz.