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“A aquicultura e a pesca vivem momento especial no Brasil, com crescimento de 20% ao ano, e Minas Gerais tem enorme potencial nessa área. Por isso o novo curso de aquacultura na UFMG é estratégico.” O ministro da Secretaria Especial para a Aquicultura e Pesca, Altemir Gregolin, iniciou dessa forma a aula inaugural que ministrou no auditório da Escola de Veterinária, para os alunos do novo curso de Aquacultura, no início desta tarde. Ele falou com otimismo das perspectivas do setor no país e do trabalho realizado pelo governo federal. Gregolin foi recebido pelo assessor para Área de Agroveterinária da UFMG, Roberto Baracat de Araújo, pelo diretor da Escola, Francisco Carlos Lobato, e pela coordenadora do curso de Aquacultura, Denise Aparecida Andrade de Oliveira. Este é um dos 16 novos cursos de graduação oferecidos este ano pela UFMG. Seu objetivo é aperfeiçoar a produção comercial de organismos aquáticos (peixes, moluscos, crustáceos e algas), oferecendo visão completa sobre essa produção, desde a reprodução até o processamento e a comercialização do pescado. Gregolin, citado pelos anfitriões como um grande incentivador da nova graduação, lembrou que o curso da UFMG é apenas o terceiro no Brasil (os outros estão em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte) e o primeiro na Região Sudeste. Segundo ele, o Brasil produz 1 milhão de toneladas de pescado ao ano, contra 48 milhões de toneladas da China. “O país apostou muito pouco nessa atividade nas últimas décadas, mas projeções da FAO (organismo da ONU para a alimentação e a agricultura) indicam que podemos movimentar 160 bilhões de dólares na cadeia produtiva em pouco tempo”, disse Gregolin. De acordo com o ministro, as perspectivas de crescimento são maiores na aquacultura que na pesca, e é preciso que o país se torne competitivo como já conseguiu no caso da carne bovina, por exemplo. “Precisamos conquistar alta produtividade e baixo custo, o que inclui o desenvolvimento da pesquisa", afirmou Gregolin, que anunciou estudos adiantados para a criação de um núcleo da Embrapa para o setor e a iminente transformação da Secretaria de Aquicultura e Pesca em ministério. Produção nas hidrelétricas Segundo o diretor da Escola de Veterinária, Francisco Lobato, a Secretaria de Aquicultura e Pesca tem atuado de forma importante para a viabilização do Laboratório de Aquacultura da Escola, o Laqua, que deverá funcionar integralmente até 2010. A criação do curso de Aquacultura foi viabilizada com recursos do Reuni – Plano de Apoio a Programas de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais. São 50 vagas por ano, e o bacharelado terá duração de cinco anos. Leia mais sobre o curso em www.ufmg.br/online/arquivos/011060.shtml
Altemir Gregolin ofereceu apoio ao curso e aos alunos, e destacou que eles devem encontrar ótimas oportunidades nessa área, especialmente em Minas Gerais, "que dispõe de fartura de água, especialmente em reservatórios de hidrelétricas, que serão utilizados para o incremento da produção". O ministro aproveitou para convidar a UFMG para integrar uma missão do governo federal que fará visita visita à Noruega, em agosto, visando ao intercâmbio acadêmico e comercial.