O Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual (Gudds) está organizando uma série de manifestações com o objetivo de chamar atenção para a invisibilidade com que são tratados os casos da homofobia dentro e fora da academia. A atitude é uma reação à agressão com conteúdo homofóbico sofrido por um estudante na moradia da UFMG. Na madrugada do dia 14 de março, ele e uma amiga que o acompanhava foram vítimas de violência promovida por outro estudante, que o chamou de “bichinha” e “viadinho”. As manifestações ocorrerão todas no campus Pampulha. No dia 30 de março, será do Bandejão; no dia 1º de abril, na Praça de Serviços; e no dia 3 de abril, no gramado da Reitoria. Nos três dias, o protesto acontecerá entre 11 e 13h. O Gudds pede que os participantes vistam blusa preta. Além de elaborar cartazes, os organizadores sugerem que os manifestantes utilizem, durante toda a semana, uma venda preta amarrada nos braços. Punição
Na última segunda-feira, dia 23, em reunião extraordinária, o Conselho de Moradia da UFMG decidiu excluir o estudante agressor do programa de moradia estudantil. Ele foi notificado que terá 15 dias para deixar o alojamento. A Universidade também instituiu uma Comissão de Processo Disciplinar que vai analisar se o acusado agiu motivado por homofobia e se há outras punições aplicáveis para o caso.