MEC oficializa proposta de alteração do acesso às universidades

O Ministério da Educação (MEC) oficializa nesta segunda-feira, dia 30, proposta de alteração do acesso às universidades federais, tradicionalmente realizado por meio do vestibular. A proposta será entregue à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em Brasília, para análise e discussão.

O objetivo é que a prova, nos moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), seja aplicada num único dia em todo o território nacional, atendendo as 55 instituições de ensino superior.

O MEC espera que a prova ajude a reorganizar o currículo do ensino médio e permita maior mobilidade de estudantes entre as universidades. Pela proposta, a mudança seria colocada em prática a partir do ano que vem. Mauro Mendes Braga, pró-reitor de graduação da UFMG, considera que a alteração pode exigir mais tempo.

Reunião
Na última quarta-feira, dia 25, o ministro da Educação Fernando Haddad recebeu os reitores Amaro Lins (UFPE), Edward Madureira Brasil (UFG) e João Cousin (FURG), respectivamente, presidente, 1° e 2º vice-presidentes da Andifes; as reitoras Malvina Tuttman (Unirio) e Maria Lúcia Cavalli (UFMT), o reitor Alan Barbiero (UFT), e a presidente do Fórum dos pró-reitores de Graduação (Forgrad) Sandramara Matias Chaves.

Durante a reunião, Fernando Haddad falou sobre a proposta e afirmou que passagem do ensino médio para o superior é “traumática e anômala”. Segundo ele, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação estabelece que o vestibular seja feito com vistas ao Ensino Médio, fato que não ocorre atualmente. “O Enem não sinaliza nada para a educação básica, e o vestibular sinaliza muito mal. É um sistema de acesso pouco inteligente e ineficiente”, afirmou.

O 2º vice-presidente da Andifes, reitor João Cousin (FURG) saudou a iniciativa do ministro e afirmou que ela traz mais justiça. Já o reitor Alan Barbiero (UFT) levantou preocupação com uma possível resistência regional, questionando se universidades de estados menos desenvolvidos teriam suas vagas ocupadas prioritariamente por estudantes de outras regiões.

Com informações da assessoria de imprensa da Andifes e da assessoria de comunicação do MEC